3 passos para ser uma bênção na vida de quem sofre transtorno de ansiedade

A melhor maneira de ajudar e até mesmo ser uma bênção na vida de quem sofre de ansiedade começa pelo conhecimento do problema.

Stael Ferreira Pedrosa

Não é fácil sofrer de um transtorno de ansiedade. É difícil tanto para quem tem quanto para quem convive com o paciente. Se você tem ou convive com alguém que tem transtorno de ansiedade já deve ter sentido a dificuldade de lidar ou não saber como ajudar durante uma crise.

A melhor maneira de ajudar e até mesmo ser uma bênção na vida de quem sofre de ansiedade começa pelo conhecimento do problema. Conhecer é vital e vai ajudar você a ter uma noção das situações em que pode ser necessário ajudar alguém, bem como o que pode fazer.

Transtornos de ansiedade

A causa dos transtornos de ansiedade nem sempre são claros, no entanto, existem fatores como experiências traumáticas ou dolorosas e história familiar que aumentam as chances de se desenvolver o problema. Os transtornos são cinco:

  • Transtorno de estresse pós-traumático

  • Síndrome do Pânico

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  • Transtorno obsessivo-compulsivo

  • Transtorno de ansiedade social (Fobia social)

  • Transtorno de ansiedade generalizada

Os sintomas são visíveis: nervosismo, cansaço físico e mental, sudorese, taquicardia são os mais comuns e são acompanhados de pensamentos e sentimentos de preocupação, ainda que não exista uma ameaça real.

O paciente antecipa uma situação desagradável, equivocada e imaginária em que os supostos perigos se apresentam ainda maiores do que poderiam ser e se sente incapacitado de enfrentar ou mesmo lidar com tais questões. Em alguns casos, o paciente com transtorno de ansiedade traz outras condições médicas como problemas na tireoide, síndrome pré-menstrual e problemas cardíacos.

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Além disso, o paciente com transtorno de ansiedade sofre também medo de sentir uma nova crise onde já teve outra anteriormente fora do seu ambiente normal (lar), o que causa reclusão social e dificuldades em sair de casa. Tal pessoa precisa ser ajudada, ela não sairá sozinha de tal situação.

3 passos para ajudar e ser um apoio

A ansiedade é tratável e em alguns casos até curada. Quem convive com uma pessoa que sofre com o transtorno deve entender que respeitar, ouvir sem julgamentos e sem minimizar as dores já ajuda muito. Nada de dizer que são bobagens, que tal problema não existe, etc. A sensibilidade é essencial.

É importante entender que é uma desordem mental que superdimensiona os problemas e torna tudo maior ou mais perigoso do que realmente é. Com paciência e amor é possível ajudar a pessoa a ter uma clareza maior da dimensão de seus medos.

1. Não critique ou diminua os problemas

Se houver críticas ou comentários inadequados (você está louco(a)!, Você está fazendo tempestade em copo d’água ou você é exagerado(a)) o portador desses transtornos pode passar a ter medo de abrir-se e ser mal compreendido, passando então a esconder seus problemas, o que piora seu estado emocional. O apoio de parentes e amigos é fundamental.

2. Cuide com afeto

Cuide da pessoa como se não estivesse cuidando, como se o que você faz por ela fosse seu modo natural de ser e não cuidados feitos por obrigação. Trate-a como trataria uma pessoa saudável e aja naturalmente. Manter a calma ainda que em momentos agressivos ou de reclusão e rejeição do outro é importante, pois ele pode estar testando seu amor e suas intenções.

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3. Persevere

Ainda que a pessoa continue a ser agressiva e a rejeitar o cuidado dado a ela, não desista. Use de empatia e tente ver as coisas do ponto de vista dela, não do seu. Não tire conclusões precipitadas enquanto ela está falando. É necessário deixá-la sentir-se livre para expressar o que sente. Isso permite compreender seus sentimentos e sua visão de mundo. Assim, é mais fácil conscientizá-la da necessidade de tratar-se e buscar uma melhor qualidade de vida. Assim fazendo você poderá ser uma bênção na vida do doente, ajudando-o a ter uma vida mais ativa e significativa.

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Stael Ferreira Pedrosa

Stael Ferreira Pedrosa é pedagoga, escritora free-lancer, tradutora, desenhista e artesã, ama literatura clássica brasileira e filmes de ficção científica. É mãe de dois filhos que ela considera serem a sua vida.