Homem é encontrado morto no sofá depois que a esposa expulsou-o da cama na noite anterior

"Eu me senti tão culpada! Fiquei com raiva de mim mesma por tê-lo feito dormir no sofá. Ainda é duro pensar que minhas últimas palavras para ele foram de ira".

Erika Strassburger

Até agora, ninguém sabe dizer se Mikey Murrell (36) teria, de qualquer forma, morrido se não tivesse dormido no sofá naquela noite. Talvez a britânica Ashley Murrell (33) nunca encontre resposta para essa pergunta. Só lhe resta conviver com esse terrível remorso.

Na noite de 16 de maio, o casal de Wellington (Inglaterra) teve uma discussão. Na verdade, Ashley estava brava com o marido por ele estar trabalhando demais, cerca de 16 horas por dia, 7 dias por semana.

@mummy_murrell

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Ela disse ao Metro, “Ele estava muito exausto, o tempo todo, e estava se destruindo, sua saúde estava piorando rapidamente”. Ela contou que o motivo para essa jornada exaustiva de trabalho é que ele economizava para levar a família para a Disney todos os anos. “Ele estava tão cansado, mas faria qualquer coisa só para nos ver sorrir”.

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Quando ele chegou do trabalho naquela noite, Ashley nunca o tinha visto tão exausto. “Eu não suportava vê-lo assim e fiquei com raiva. Eu estava cansada disso”, conta.

Então, eles discutiram e ela o expulsou do quarto, mandando-o dormir no sofá. Ela admite que foi uma atitude estúpida, porque o que ela queria, mesmo, era tê-lo por perto.

Na manhã seguinte, quando saiu do quarto, ela soube imediatamente que havia algo errado. “Ele estava dormindo exatamente onde o deixei e seu rosto estava completamente sem cor – ele parecia cinza”, conta. Ela, então, caiu no desespero e saiu correndo para fora de casa, gritando ‘ele está morto’, e acabou desmaiando.

Ashley desabafa, “Eu me senti tão culpada! Fiquei com raiva de mim mesma por tê-lo feito dormir no sofá. Ainda é duro pensar que minhas últimas palavras para ele foram de ira”.

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Após a morte do marido, ela descobriu que ele estava planejando uma viagem surpresa para Praga, na República Tcheca, para comemorarem seu aniversário de casamento.

Depois dessa tragédia, Ashley faz um apelo às famílias para nunca irem dormir brigadas. “Perder Mikey mudou toda a minha perspectiva de vida. A vida é muito curta para ir para a cama com raiva e não passar cada momento que você pode com a sua família”.

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A autópsia revelou que Mikey morreu sufocado enquanto dormia, no entanto, não se sabe o que causou o sufocamento. Além da esposa, ele deixou três filhos.

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Quais as consequências para o casamento de dormir brigado com o cônjuge?

Estudos recentes revelam que ir para cama com um pensamento ou sentimento negativo martelando na mente fará com que essa memória ruim que acabou de se formar seja gravada no cérebro. E livrar-se dela, mais tarde, torna-se uma tarefa árdua. É algo que pode destruir qualquer relacionamento. Um dos responsáveis pela pesquisa, o neurocientista Yunzhe Liu, da Universidade Normal de Pequim, aconselha: “Nós sugerimos que primeiro se resolva a briga antes de ir dormir.”

É possível uma pessoa morrer de tanto trabalhar?

Sim. De acordo com esta matéria feita pela BBC, o Conselho Nacional de Defesa para Vítimas de Karoshi – palavra japonesa que significa “morrer de tanto trabalhar” – informou que cerca de 10 mil japoneses morrem todos os anos devido à jornada de trabalho extenuante. Os japoneses trabalham, em média, 15 horas por dia.

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Erika Strassburger

Erika Strassburger nasceu em Goiás, mas foi criada no Rio Grande do Sul. Tem bacharelado em Administração de Empresas, trabalha home office para uma empresa gaúcha. Nas horas vagas, faz um trabalho freelance para uma empresa americana. É cristã SUD e mãe de três lindos rapazes, o mais velho com Síndrome de Down.