Arrasada e sem esperança, depois de 9 abortos espontâneos, mulher é surpreendida por ato de amor extremo vindo de sua irmã

Depois da tempestade vem a bonança. Foram tantas as perdas e tristezas, e agora esse presente maravilhoso! E em dose dupla!

Erika Strassburger

Melissa Kayser (33) estava arrasada – depois de três anos tentando engravidar, nove abortos espontâneos sucessivos e uma tentativa frustrada de fertilização in vitro – por não conseguir ter o tão sonhado filho. Ela estava tão frustrada, que já havia perdido a esperança de ser mãe de um filho biológico. Mas uma sugestão dos médicos fez surgir uma luz no fim do túnel.

Os médicos sugeriram uma medida pouco convencional

Segundo o Inside Edition, os médicos pediram para ela considerar a possibilidade de uma gravidez por substituição, método popularmente conhecido no Brasil por “barriga de aluguel”.

Em princípio, Melissa não levou a ideia muito a sério. De acordo com a People, ela e a irmã Lisa Auten (35) até fizeram piada sobre o assunto. Mas quando parava para pensar, ela não suportava a ideia de uma estranha carregar um filho seu no ventre. Até que Lisa disse à irmã, “você pode usar meu útero”. “E nós rimos e brincamos sobre isso. Mas, então eu pensei, ‘espera aí, você realmente pode usar o meu útero!'”, contou Lisa à People.

Melissa aceitou a oferta da irmã. Em agosto de 2016, Lisa passou por um procedimento de transplante embrionário. Os médicos decidiram implantar dois embriões, já que achavam que um deles não era de boa qualidade.

Advertisement

O resultado do teste de gravidez veio acompanhado de uma grande surpresa

Quase uma semana depois, fizeram um teste de gravidez e deu positivo. Mas a surpresa maior é que houve a nidação (fixação no útero) de ambos os embriões, ou seja, ela estava grávida de gêmeos.

“Foi um choque total, mas daquele momento em diante Melissa esteve ao meu lado em cada etapa”, disse Lisa à People. Court Kayser, marido de Melissa, contou à Inside Edition: “Acho que todos nós ficamos um pouco chocados. Minha cunhada pediu para eles contarem [os embriões] novamente!”.

A gravidez e o parto

Lisa nem sabia se tinha condições de gestar, afinal, ela nunca havia engravidado e ser mãe nem estava em seus planos. Mas queria ajudar sua irmã de qualquer maneira. Ela relembra, “Eu a via passar por aquelas perdas, uma após a outra, e ela me enviava uma mensagem de texto dizendo ‘outro aborto’. Era devastador ouvi-la falar sobre isso, porque ela sempre quis ser mãe”.

As irmãs sempre foram melhores amigas, mas a gestação fez com que elas se aproximassem ainda mais. “Tivemos conversas que nunca havíamos tidos antes”, Lisa contou rindo. Embora a gravidez seja uma experiência bastante pessoal, ela teve que se abrir com a irmã para que elas pudessem partilhar, juntas, todas as emoções inerentes a esse estado de graça.

Em 26 de março deste ano, as gêmeas Ashlynn e Tierney nasceram de 35 semanas, pesando 2,3 quilos cada uma. Foi feita uma cesárea um dia antes da data marcada pelos médicos.

Advertisement

“Sou imensamente grata pelo que Lisa fez. Ela abriu mão de um ano de sua vida para nos ajudar a nos tornarmos uma família. É algo pelo qual eu jamais poderia pagar. Nós temos duas lindas garotinhas, tudo por causa da minha incrível irmã”, disse Melissa.

As irmãs vivem perto uma da outra em Omaha, Nebraska, o que torna possível à Lisa visitar sua irmã e as sobrinhas toda semana. Elas querem garantir que as gêmeas saibam de tudo o que a família passou para tê-las. “Nós planejamos falar disso abertamente e eu continuarei muito envolvida em suas vidas”, contou a “tia-mãe” das meninas. Ela disse à KETV: “Tenho um vínculo com elas, pois são minhas sobrinhas. Acho que esta é uma preocupação de uma mãe de aluguel, tornar-se excessivamente apegada”.

Quem é a mãe de acordo com a lei?

Embora Melissa seja a mãe biológica, é o nome de Lisa que está na certidão de nascimento das gêmeas, em cumprimento à lei do Nebraska. Mas quando elas tiverem seis meses de vida, Lisa vai renunciar oficialmente aos seus direitos de mãe em favor da irmã. Então, Melissa terá que “adotar” as próprias filhas.

Advertisement

Como funciona a gravidez por substituição no Brasil

As leis brasileiras permitem a gravidez por substituição, mas há leis rígidas que regem o processo. Segundo artigo publicado no Vida e Estilo, “de acordo com a resolução do CFM nº 1.957, de 2010, a gravidez por meio de barriga de aluguel só é permitida caso um diagnóstico médico constate uma contraindicação de gravidez na paciente que quer ser mãe. A mulher que vai doar temporariamente o útero deve ser da família, com parentesco próximo – no máximo de segundo grau – e não poderá receber nenhuma remuneração por isso.”

Toma un momento para compartir ...

Erika Strassburger

Erika Strassburger nasceu em Goiás, mas foi criada no Rio Grande do Sul. Tem bacharelado em Administração de Empresas, trabalha home office para uma empresa gaúcha. Nas horas vagas, faz um trabalho freelance para uma empresa americana. É cristã SUD e mãe de três lindos rapazes, o mais velho com Síndrome de Down.