10 medicamentos que você nunca deve dar para crianças (muitos pais se confundem)

Diz o ditado que “de médico e de louco todo mundo tem um pouco." Basta você mencionar que está sentindo algo que lá vem um amigo ou parente com uma receitinha.

Stael Ferreira Pedrosa

Toda avó, avô, tia, tio, etc., sabe o que o seu filho deve tomar para qualquer coisa desde unha encravada até uma infecção grave. Mas, se para os adultos a medicação sem indicação médica é perigosa, para as crianças pode ser até fatal, especialmente para os bebês. É útil ficar alerta de que chás e infusões também têm efeitos colaterais. Para ajudar, aqui estão 10 medicamentos que você nunca deve dar para crianças.

1. Balas de melatonina

Está se tornando a “bala” da vez. Cada vez mais pais estão adquirindo essas balinhas que fazem as crianças dormirem. Melatonina é uma substância que o próprio organismo produz, é chamada de hormônio do sono, mas pode ser encontrada em potinhos, em forma de balas, que são dadas às crianças para indução do sono. Se seu filho não está dormindo, ou tem dificuldades para dormir, procure um médico ou estabeleça uma rotina.

2. AAS

Ácido acetil salicílico, presente em medicamentos como melhoral infantil, bufferin e aspirina. Podem fazer bebês pequenos desenvolverem a síndrome de Reye. Além disso, o AAS é anticoagulante e contraindicado para casos de dengue.

3. Remédio para emagrecer

Jamais dê medicamento para emagrecer a crianças menores de 12 anos. E, se caso tenha mais que 12, somente com indicação médica e após ter tentado todos os meios possíveis de reeducação alimentar, exercícios, etc.

4. Remédio prescrito para outra criança

Pode ser que seu filho esteja com os mesmos sintomas de um irmão, primo ou vizinho. No entanto, existem particularidades no histórico médico de cada um que torna perigoso dar a um paciente um remédio que foi prescrito para outro. Com relação a medicamentos e crianças a regra é clara: Dê o medicamento que foi prescrito pelo médico, somente para a criança a quem foi prescrito, para o problema que está sendo tratado, na dose, no horário e pelo período indicados.

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5. Remédio prescrito para outra doença

Essa parece óbvia, no entanto, existem pessoas que utilizam medicamentos de um momento anterior, quando teve, por exemplo, uma infecção de garganta (geralmente tratada com antibióticos) para uma gripe crendo que resolverá. Isso não é certo, além dos riscos da automedicação, existem infecções de origem viral e infecções de origem bacteriana que demandam medicamentos e tratamentos diferentes.

6. Remédio prescrito para adultos

Quebrar um comprimido ao meio não o tornará adequado para crianças. Os medicamentos que podem ser adaptados para crianças, geralmente trazem essa indicação na bula, especificando a quantidade a ser administrada de acordo com a idade e o peso da criança. Mas, se você precisar recorrer à bula é porque o medicamento não foi prescrito para a criança. Então, melhor evitar.

7. Antidiarreicos

Diarreia em bebês e crianças se trata com hidratação e medicamentos para a infecção, caso haja, e para febre e ou vômito (novamente sob supervisão médica). Medicamentos antidiarreicos são contraindicados para crianças. Há que se deixar sair a infecção através das fezes e hidratá-la através da Terapia de Reidratação oral.

8. Medicamentos para gripe/descongestionantes

A gripe é uma virose, ou seja, uma doença causada por um vírus. Não existem medicamentos que matem vírus. Por isso não dê antibióticos ou outro medicamento a seu filho para combater a gripe. Apenas dê (sob orientação médica) analgésicos para maior conforto das crianças. Também devem ser hidratadas. Se houver congestionamento nasal, pingue (lave) com soro fisiológico as narinas de hora em hora. Hidrate bastante a criança e aguarde o ciclo viral terminar.

9. Remédios com mesmo princípio ativo ou que cause interação medicamentosa

É comum pensar-se que se a dor ou febre estiverem muito altas, deve-se dar uma dose maior que o normal de analgésico ou antitérmico, o que é perigoso. Um exemplo é o paracetamol, que é um dos medicamentos menos prejudiciais, mas que em doses elevadas pode até matar. Se a criança já está tomando algum medicamento, como alguns para a gripe, há que se prestar atenção à formula – se esta já não contém paracetamol ou outro analgésico, antes de administrá-lo à criança.

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10. Medicamentos fora da validade

Não apenas as crianças. Ninguém deve tomar medicamento vencido. Medicamentos fora do prazo de validade devem ser descartados. Além de provavelmente não produzirem o efeito desejado, eles poder tornar-se tóxicos.

Todo produto químico – o que inclui os medicamentos – são possíveis de causar acidentes com crianças, que podem ser fatais. Guarde os medicamentos fora do alcance de crianças, trancados à chave, nas embalagens originais e com as bulas. Caso um adulto e uma criança tomem medicamentos iguais, mas em dosagem diferente, guarde um separado do outro. Em caso de ingestão acidental, ligue imediatamente para o Disque Intoxicação: 0800-722-6001. O serviço, que tira dúvidas e informa como agir em situações de emergência, funciona 24 horas, todos os dias do ano.

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Stael Ferreira Pedrosa

Stael Ferreira Pedrosa é pedagoga, escritora free-lancer, tradutora, desenhista e artesã, ama literatura clássica brasileira e filmes de ficção científica. É mãe de dois filhos que ela considera serem a sua vida.