Algo pode estar errado se o seu bebê apresentar estes 5 sintomas nos primeiros dias de vida

Doenças que levam dias ou semanas para matar um adulto podem matar um bebê em poucas horas.

Stael Ferreira Pedrosa

A chegada de um novo bebê é uma alegria sem dúvida, mas, pode ser também de apreensão e medo. Afinal, ele é ainda um mistério e parece tão frágil. Normalmente os cuidados básicos são os necessários e atendem a todas as necessidades do bebê, ou seja, mamar, dormir, estar sempre limpo e seco, tomar banhos de sol, carinho e contato com os pais.

Porém, é bom informar-se sobre esses primeiros dias para ter mais tranquilidade e aproveitar melhor a presença desse pequeno ser que acaba de chegar e já é tão amado. Muitos problemas podem surgir durante os primeiros dias e é bom estar atento. Geralmente o bebê dorme muito, mama e tem cólicas, já que está “estreando” o sistema digestivo. Só deverá ser motivo de preocupação se o bebê não parecer estar bem, se algo está fora da normalidade como, por exemplo, nas 5 situações abaixo:

1. Pele ou olhos amarelados

Bilirrubina é uma substância que resulta da destruição de células do sangue, geralmente as defeituosas ou velhas. Ela permanece na corrente sanguínea até ser eliminada pela urina. Quando por algum problema os níveis de bilirrubina aumentam, o bebê apresenta olhos e pele amarelados. O tipo sanguíneo da mãe pode influir no surgimento da icterícia bem como o tempo de gestação, sendo mais comum nos prematuros. Geralmente o tratamento consiste em amamentar bastante e tomar banhos de sol. Porém, é necessário levar ao médico para diagnóstico e para verificar os níveis de bilirrubina no sangue do bebê. É sinal perigoso o surgimento rápido nas primeiras 24 horas de vida ou mais tarde cobrindo o corpo todo. Se o bebê rejeita a amamentação ou ficar prostrado, procure ajuda imediatamente.

2. Pálpebras inchadas, vermelhas e com pus

Uma pálpebra vermelha, inchada, com pus após 5 dias de vida é mais provável que seja uma infecção do olho que pode ser viral, bacteriana (clamídia ou gonorreia). É necessário levar a criança ao médico para diagnóstico e tratamento. Caso seja DST, trata-se com antibióticos. A mãe e o pai devem também ser tratados. Se a infecção dos olhos não melhora num dia ou dois necessitará de outro antibiótico para evitar cegueira. Para evitar esse problema faça um bom pré-natal e esteja certa de não ser portadora das doenças acima. Caso não seja portadora ou seu bebê nascer de parto cesariana, não é necessário pingar o colírio de nitrato de prata no pós-parto. Peça à equipe médica que não o faça.

3. Mau cheiro no coto umbilical

Caso o coto umbilical apresente mau cheiro, com presença de pus é provável que esteja infectado. É necessário tratamento com antibióticos que só o médico pode prescrever. É um problema grave que pode levar ao tétano. Preste atenção se o bebê não quer mamar, parece rígido (duro) e faz careta quando o umbigo parece infectado. Leve-o urgentemente ao médico. O bebê corre risco de morte.

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Para evitar, mantenha o coto o mais seco possível e em contato com o ar. Não aplique receitas caseiras. Apenas limpe com álcool absoluto a base do coto, sem encostar na pele do bebê.

4. Moleira funda ou saliente

A moleira às vezes pode ser indicativa de problemas de saúde graves do recém-nascido. Uma moleira funda pode indicar desidratação ou desnutrição, o que significa uma emergência médica. A moleira saliente – ou moleira abaulada – indica uma inflamação ou acúmulo de fluido no cérebro, que pode aumentar a pressão dentro do crânio. Isso pode causar danos ao desenvolvimento do cérebro do bebê. Mas, novamente, caso haja uma desconfiança, leve o bebê ao médico, somente ele poderá dar o diagnóstico correto. Não siga receitas de pessoas leigas.

5. Convulsões

Uma convulsão acontece quando uma atividade elétrica anormal acomete o cérebro. É um sintoma que pode passar despercebido ou apresentar um quadro assustador para os pais. O bebê pode apresentar espasmos musculares, arroxeamento ao redor dos lábios, excesso de saliva, revirar dos olhos, entre outros.

As convulsões podem ser por febre, por hipoglicemia, sepsis, meningite, lesão cerebral durante o parto, defeitos cerebrais congênitos, asfixia entre outros. O padrão clínico das crises convulsivas nos recém-nascidos é diferente das outras faixas etárias, geralmente são devidas a imaturidade do cérebro em desenvolvimento. Por isso é necessária profunda investigação para descobrir a causa e tratar adequadamente.

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Stael Ferreira Pedrosa

Stael Ferreira Pedrosa é pedagoga, escritora free-lancer, tradutora, desenhista e artesã, ama literatura clássica brasileira e filmes de ficção científica. É mãe de dois filhos que ela considera serem a sua vida.