5 dicas para impedir que a internet atrapalhe o desenvolvimento das crianças

Psicopedagoga especialista em dislexia explica como utilizar a internet da maneira correta e torná-la aliada do desenvolvimento infantil.

Roberta Preto

Atualmente vivemos numa época em que crianças que nem frequentam a pré-escola já sabem como mexer nas teclas de um computador, e, como muitos dizem, “parece que as crianças já nascem sabendo.”

A presença de aparelhos eletrônicos como tablets e celulares na vida das crianças é impossível de ser ignorada, e já se tornou constante. Para muitos pais, presenciarem tal fato torna-se maravilhoso, entretanto, esses pais precisam atentarem que assim como a internet possui seu lado positivo, ela também tem o seu lado obscuro. Estar atento e orientar os filhos para o melhor é total responsabilidade dos pais.

A psicopedagoga Sheila Leal, que também é fonoaudióloga, especialista em desenvolvimento infantil e porta-voz do Projeto

Filhos Brilhantes, explica que estes aparelhos conectados à internet podem ser verdadeiros vilões ou grandes aliados da educação dos pequenos.

“Tudo depende de como os pais se posicionam e das regras colocadas na casa.”

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Observe as dicas importantes que a especialista aponta sobre esse assunto:

1. Aceitar a internet como parte da nossa vida

O primeiro passo a ser tomado é compreender que a internet e os celulares, tablets e videogames são parte do dia a dia e nos ajudam em muitas coisas. É importante valorizar as vantagens da conexão, os pais só precisam estar atentos e orientar os filhos de forma positiva.

“Tentar proibir crianças de jogarem ou impedi-los de terem acesso à internet pode gerar problemas e defasagem na escola, onde eles terão acesso a tudo isso”.

2. Limitar o uso para crianças de até 5 anos

Até os 5 anos, o acesso às telas de celulares deve ser restrito, e isso é o que orienta a Sociedade Brasileira de Psicologia.

“O ideal é que as crianças de até 2 anos não sejam expostas a esse tipo de tecnologia e brinquem apenas com os brinquedos ideais para cada etapa da idade”.

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Entre os 2 e 5 anos, os filhos não devem permanecer mais do que 1 hora por dia diante de celulares e tablets com desenhos e jogos. Crianças até os 6 anos, precisam que seus pais estejam atentos ao conteúdo que a ela assiste. Os pais não devem permitir que elas sejam expostas a cenas violentas com tiros e lutas, pois isso pode afetar o desenvolvimento dela.

3. Combinar as regras de forma clara

Com crianças a partir dos 4 anos, já é possível combinar regras. “O importante é definir o que pode e o que não pode com relação a horários e conteúdo, e explicar de maneira bem clara sobre o assunto”.

É importante que os pais sejam firmes e estabeleçam punições para as regras que forem quebradas. Todavia, essas correções jamais devem ser físicas, os pais podem proibir algum brinquedo que as crianças gostem.

4. Dar preferência a sites educativos e valorizar pesquisas

Há muitos sites educativos e com jogos voltados a desenvolver diversas habilidades nas crianças, como noção de espaço ou coordenação, por exemplo.

“Tente explorar ao máximo esses jogos e incentive seus filhos a dividirem o que estão aprendendo ou o desafio que estão enfrentando”.

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5. Dar o exemplo

Uma das coisas mais importantes na questão da educação é que os pais sejam o exemplo na maneira de viver e agir, por isso é fundamental que esses pais deem o exemplo em relação ao uso de celular.

“Não adianta nada querer que os filhos deixem o telefone de lado se os pais estão o tempo todo olhando as notificações e as redes sociais”.

É importante ensinar os filhos a deixarem de jogar ou assistir vídeos na hora da refeição, mas que a mesma atitude deve ser tomada pelos próprios pais.

“Aproveite para valorizar o momento com a família, sem interrupções”.

A psicopedagoga conclui que a presença dos jogos e aparelhos com acesso à internet dificilmente serão um problema caso os pais tenham o hábito de fazer brincadeiras off-line com os filhos.

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“Desde o começo, tente sempre desenhar, brincar com jogos e ler histórias para eles, assim você garante uma diversidade de estímulos importantes para o desenvolvimento dos filhos, e ensina desde o começo que existem várias formas de aprender e se divertir”.

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Roberta Preto

Roberta Preto, 33. Formada como tradutora e intérprete, escritora, mãe. Apaixonada pela vida, em uma eterna busca por conhecimento. Espero que minhas palavras possam ser uma luz na vida das pessoas. Sonho em ajudar a humanidade a tornar-se livre da escravidão da ignorância.