4 comportamentos problemáticos das crianças que você não pode ignorar – e como lidar com eles

Aqui estão alguns comportamentos que, se não contidos, trarão sérios prejuízos a seus filhos, agora e no futuro!

Erika Strassburger

Vejam como lidar com 4 comportamentos negativos comuns, de forma que eles não se intensifiquem ou se prolonguem com o passar do tempo e acabem causando sérios prejuízos emocionais e sociais a seus filhos.

1. Agressividade

Entre 2 e 4 anos de idade, as crianças têm dificuldade de lidar com suas emoções, especialmente quando são contrariadas, por isso é comum que elas batam, mordam ou agridam de outras maneiras tanto adultos quanto outras crianças.

Embora a agressividade seja, até certo ponto, natural nessas crianças, elas precisam compreender que não é uma atitude aceitável. Se os pais permitirem que elas extravasem sua raiva ou consigam o que querem batendo, chutando ou mordendo, a tendência é que se tornem jovens e adultos agressivos ao serem contrariados, inclusive contra os próprios pais.

Ainda que sejam pequenas, as crianças nessa faixa etária já são capazes de compreender os limites que seus pais colocarem. Porém, segundo este site de pediatria, um “pai que emprega punição física para inibir comportamentos agressivos dos filhos também está servindo como modelo agressivo, demonstrando à criança o poder e a utilidade potencial da agressão”. As consequências futuras da punição física serão tão negativas quanto permitir que elas extravasem suas frustrações por meio da agressão.

O que fazer?

  • Quando a criança agredir novamente, abaixe-se e segure-a bem firme (sem machucar, é claro!) e, olhando-a nos olhos, diga em tom de voz firme: “Você não pode me chutar/bater/morder, isso não é bonito!”

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  • Você também pode privá-la de algo que ela gosta muito e dizer-lhe: “Hoje nós não vamos [mencione o que vocês iriam fazer] porque você chutou/mordeu/bateu seu coleguinha!”

  • Outra maneira de ajudar a criança a reconhecer que a agressividade só lhe traz prejuízos é você reafirmar cada uma de suas boas atitudes e recompensá-la por ter agido bem. Por exemplo, se ela compartilhou o brinquedo com um amigo, elogie-a imediatamente. Se ela ajudou a guardar os brinquedos, dê-lhe um abraço apertado e um elogio.

2. Mentiras

Segundo artigo publicado na Super Interessante, depois de alguns estudos realizados com grupos de crianças, os pesquisadores constataram que 20% delas começaram a mentir por volta dos 2 anos de idade. 40% mentem aos 3 anos e 80%, aos 4. Depois dessa idade, todas demonstram tendência a mentir. Foi constatado, também, que as crianças de 4 anos mentiam a cada duas horas e as de 6, a cada uma hora. Normalmente para esconder algo de errado que haviam feito.

Embora ainda não tenham muita noção do que seja uma mentira, as crianças pequenas sabem que mentir é “do mal”, mais por conta da punição que recebem por mentirem do que pelas consequências inerentes à própria mentira. Conforme vão crescendo, elas vão aprendendo a distinguir “mentirinhas bobas” de mentiras sérias. Aos 11 anos, quase 50% delas já sabem que a mentira destrói a confiança, enquanto que 22% sentem-se culpadas por mentirem. Apenas 30% mencionam o castigo. A partir dos 7 anos, a criança é capaz de contar uma mentira mais elaborada e de cuidar para não cair em contradição.

Se não for contida a tempo, a mentira pode se tornar um hábito, inclusive uma doença e acabará por destruir a vida de seus filhos.

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O que fazer?

  • Primeiramente, jamais minta na frente deles nem peçam que mintam para você. O melhor, mesmo, é criar o hábito em seu lar de falar a verdade, custe o que custar. Pois não há melhor maneira de incentivar um comportamento nos filhos do que dando o exemplo.

  • Não exija perfeição de seus filhos. Segundo este site de psicanálise, “as crianças mentem porque desejam dar aos seus pais a versão que, supostamente, estes gostariam de ouvir. ‘Estes pais precisam se examinar para verificar se não estão impondo aos filhos os seus desejos e se interessando pouco pelos desejos dos filhos’.”

  • Deixe claro a seus filhos que mentir é errado e terá sérias consequências. Consequências muito maiores do que os erros que tentarem encobrir com as mentiras.

  • Estipule, previamente, as consequências de contar uma mentira. Privá-los de algo que eles adoram é uma alternativa eficaz. Se eles souberem de antemão o que acontecerá se mentirem, eles possivelmente optarão por contar a verdade, pois não irão querer ser privados de algo que gostam muito.

  • Uma maneira de ajudar as crianças menores a falar a verdade, quando você percebe que estão mentindo, é dar-lhe uma nova chance de contar o que aconteceu.

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  • Busque ajuda psicológica se perceber que seu filho não consegue parar de mentir. É importante identificar e tratar as causas desse comportamento que, como já foi dito, caso não seja contido pode se tornar patológico.

3. Ser o centro das atenções

Muitas crianças não conseguem conter a ansiedade de contar algo que aconteceu e interrompem outras pessoas que estão falando. Mas elas podem também estar interrompendo por quererem chamar atenção. E podem pensar que são o centro da atenção de todos. Em casos mais graves, os pais cometem a “infantolatria”, isto é, deixam a criança ser o centro da família.

Na idade escolar, a criança que é o centro das atenções em casa tenderá a ter sérias dificuldades: não obedece às regras da escola e da turma, e não consegue fazer amizades, porque é difícil encontrar crianças dispostas a se submeter a seus mandos e desmandos. Ela aprenderá a duras penas que não é o reizinho ou rainha que pensava.

A psicóloga Marcia Neder, em uma matéria publicada no site Delas iG, alerta: “Se o filho fica no nível dos pais, acaba criando para si uma falsa sensação de poder e autonomia que, em um momento mais adiante, se traduzirá em uma profunda insegurança. Ele sentirá a falta de uma referência forte de segurança de um adulto em sua formação”.

Na vida adulta, ele “olhará ao redor e verá outras pessoas se realizando independentemente dele. A criança que acha que o mundo tem que parar para ela passar não consegue imaginar isso acontecendo e não está preparada para lidar com a mínima das frustrações. Em algum ponto, acusará os pais de terem sido omissos”, afirma a psicóloga.

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O que fazer?

  • Deixe claro que é falta de educação e indelicado com as outras pessoas interrompê-las. Antes de um telefonema ou de conversar com uma pessoa, deixe claro que ela não deve interromper as conversas. Se quiser dizer algo, que espere a sua vez de falar.

  • Dê-lhe oportunidade de ajudar em casa e ajudar outras pessoas. Prestar serviço é uma excelente maneira de ajudá-la a tirar o foco de si mesma e concentrar-se nas necessidades alheias.

O artigo abaixo contém várias outras maneiras de ajudar sua criança a ser mais humilde e altruísta:

4. Desobediência

Para não me estender muito, vou postar um vídeo curtinho com dicas excelentes de uma especialista em terapia familiar, Dilene Ebinger, para os pais conseguirem a obediência dos filhos com muito mais facilidade:

Para mais dicas para melhorar o comportamento de seus filhos

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Erika Strassburger

Erika Strassburger nasceu em Goiás, mas foi criada no Rio Grande do Sul. Tem bacharelado em Administração de Empresas, trabalha home office para uma empresa gaúcha. Nas horas vagas, faz um trabalho freelance para uma empresa americana. É cristã SUD e mãe de três lindos rapazes, o mais velho com Síndrome de Down.