Bebês sentem mais frio que adultos: mito ou verdade?

Veja como e quando o bebê controla o calor de seu corpo e se é mesmo necessário agasalhá-lo bastante.

Fernanda Trida

Quantas vezes você já não achou prudente agasalhar bastante seu bebê recém-nascido por acreditar que ele sente mais frio que os adultos? E quantas vezes você o viu com as bochechas rosadinhas e se esgoelando, sem saber o motivo? Pode ser calor, pois os bebês não sentem mais frio que os adultos.

Eles são capazes de controlar sua temperatura corpórea cerca de sete a dez horas depois do parto – a não ser que sejam prematuros. Mas nos primeiros dias de vida, seu sistema de regulação de temperatura ainda pode apresentar falhas e, por isso, precisam de algo que os mantenha aquecidos.

Imagine que o nascimento é algo desconfortável para o bebê, que sai de um lugar quentinho, onde tem todas as suas necessidades providas pela mãe, para o mundo frio e barulhento, onde é tocado e examinado por muitas mãos.

Nos dias que sucedem o parto, o corpo do bebê tem que lidar com todas essas novas informações e ainda se manter vivo e funcional. Nesses primeiros momentos, ele precisa de uma ajuda extra para manter a temperatura corpórea e seu coração bombeando sangue para todos os órgãos e tecidos e, também, para seus pulmões aprenderem a respirar adequadamente.

Passadas as primeiras horas de vida, o bebê saudável já consegue controlar (ainda que pouco) as funções cardiorrespiratórias e a temperatura, pois ele tem uma camada de gordura, chamada de Gordura marrom, que os adultos não têm e que é responsável por gerar calor. Interessante, não é?

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Além disso, a intensidade metabólica – que é o funcionamento do corpo – em relação ao seu peso é cerca de duas vezes maior que a de um adulto, ou seja, sua capacidade de gerar calor é grande, mas a possibilidade de perda também é maior. Por isso, dizem que os bebês sentem mais frio que os adultos.

Na verdade, basta apenas vesti-lo com uma camada a mais de roupa além da que nós normalmente usamos, pois não precisamos superaquecê-lo, só queremos evitar que ele perca calor.

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Fernanda Trida

Fernanda Trida é jornalista, médica veterinária, dona de casa, esposa, mãe de Marcela, com três anos, e de João, com um ano de idade.