Como lidar com a morte de um bebê

Como enfrentar a vida depois da morte de um bebê? O que pensar e o que fazer?

Fernanda Ferraz

Tantos planos são feitos, tantos sonhos desejados sobre aquela vida… E de repente ter que encarar a dura e triste realidade de perder um filho, de não poder mais senti-lo mexer, de não ver mais seu rostinho ou ouvir seu chorinho. Quem já teve um bebê, dentro ou fora de si, e o perdeu, compreende bem o que estou falando. Não é assunto fácil de se conversar, tampouco de se recuperar, “é como uma ferida que nunca sara”, sei bem como é essa dor. Mas a realidade é que a vida continua e não podemos, como mulheres, perder a fé em nós mesmas, não podemos aceitar viver no sofrimento da perda. É preciso lutar, secar as lágrimas e dizer: “Eu mereço ser feliz!”.

Sua dor

Sua dor não trará seu filho de volta. Sei que é bastante doloroso, mas acredito que tudo que acontece em nossa vida, tem um propósito. De fato, não é nada fácil lidar com a perda de um bebê. Há famílias que, na verdade, parecem nunca recuperar-se. Porém, devo repetir, sua dor não trará seu filho de volta, nem lhe ajudará no processo de aceitação. Se desesperar, ter compulsões de choro, sentir como se dilaceracem você por dentro, sentir raiva, culpa ou ódio de si mesma, não ajudará.

Apesar da dor,

tudo tem um propósito. Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu. Eclesiastes 3:1.

É claro que não pensamos nisso, principalmente quando trata-se de uma perda tão grande, mas para tudo, inclusive a dor, tem um propósito em nossas vidas. Se analisarmos com profundidade, veremos que nossa vida, desafios, ganhos, perdas, tudo é um teste: teste de paciência, teste de humildade, teste de caridade, teste de perseverança ou teste de fé. Cada pessoa tem o seus próprios testes pessoais, e esses testes, nos moldam, de forma boa ou ruim, e nossas decisões implicarão no que somos ou no que nos tornaremos. Deus tem uma missão para cada um de nós, ele nos conhece muito bem, pois é o nosso Pai e criador e acredita em nossa força interior para lutar sem desanimar.

Por quê?

Muitas vezes você pode se perguntar: Mas por que meu filho, por que logo meu filho, que foi tão sonhado e planejado… Por quê?! Muitas vezes, se não quase que diariamente, desejamos essa resposta. Por que Deus o levou? Eu costumo dizer que crianças são como anjos, puros e inocentes, sem qualquer partícula de maldade dentro de si, e por que será que algumas vão embora tão cedo? Bem, a pureza e inocência de uma criança excedem a luz do dia. Sem dúvida é o maior presente vindo dos céus, mas por ser um espírito tão puro (porque somos feitos de carne e espírito vivente), o mundo não foi digno o suficiente de merecer esse pequeno e grande ser, tão grande que o Senhor achou melhor tomá-lo de volta em seu seio familiar, essa é a única resposta que tenho.

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Não se culpe

Não sinta-se culpada por qualquer coisa, você com certeza deu o seu melhor. Há coisas nesta vida que não dependem de nossa vontade e acontecem porque tem que acontecer, ainda que momentaneamente não compreendamos.

Siga em frente

Você vai passar o período de luto, é claro, mas que este evento não enterre seus sonhos e alegria de viver. Você precisa aprender a tirar boas coisas das ruins, como ter que passar por essa dolorosa experiência e ainda assim erguer o rosto, sorrir e dizer: “Eu vou ficar bem!”.

Estar bem

Evite pensamentos que lhe magoem e façam sofrer, busque alternativas para encontrar felicidade, aprenda a adquirir força dessa fraqueza e repita consigo que tudo está bem, que você é feliz e nasceu para ser feliz!

Reivente-se

Crie, recrie, mude, transforme, faça algo que goste e lhe proporcione satisfação, mas não permita-se sofrer. Com o tempo a dor vira saudade e a revolta ou raiva vira aceitação.

Cuide de si mesma, porque tenho certeza que seu filho jamais gostaria de vê-la triste ou com vontade de desistir! Sorria porque de onde ele está ele também sorri com você!

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Fernanda Ferraz

Graduada em RH, acredito que nossa vida têm verdadeiro propósito, sou SUD, sei que toda dor e aflição é uma fonte de virtude e força espiritual, que nos molda e purifica.