Com tumor inoperável no cérebro, família faz fotos tocantes de recém-nascida

Depois de um diagnóstico fatal, a família só tem amor e carinho para oferecer à pequena Abigail.

Caroline Canazart

A alegria de entrar na reta final da gravidez, para Erika Jones, uma norte-americana que mora na Florida, logo se transformou em uma devastação para toda a família. Um ultrassom com 30 semanas de gestação mostrou que seu lindo bebê tinha desenvolvido um tumor no cérebro em um local inoperável.

Semanas antes, na 18ª semana de gestação, a família já havia descoberto que o bebê nasceria com síndrome de Down, mas a nova descoberta foi um duro golpe para Erika, seu marido Stephen e a pequena Audrey, a filha de dois anos do casal. “Nossos corações foram quebrados e só conseguíamos nos questionar e ter medo do futuro desconhecido”, contou o casal em um texto publicado pela fotógrafa Mary Huszcza.

Depois das descobertas, outros exames foram realizados e o diagnóstico continuou o mesmo e, para piorar, as próximas ressonâncias mostravam que o tumor estava crescendo de forma agressiva e tomando o lugar da massa cerebral da pequena. Diante do quadro, e com o inchaço na cabeça do bebê, um parto vaginal não poderia acontecer. Dessa forma, uma cesariana foi marcada para o dia 12 de agosto. Porém, Erika entrou em trabalho de parto antes e Abigail Noelle Jones nasceu no dia 6 de agosto.

Contrariando todas as expectativas ela não só sobreviveu ao parto como também nasceu se movimentando, abrindo os olhos, alimentando-se e segurando os dedos, como um bebê sem problemas de saúde. Apesar da aparência saudável, os pais sabem que o tempo de Abigail entre eles é pouco. “Nós não queremos perder a nossa filha. Nós queremos vê-la rir, dançar, brigar com sua irmã, andar de bicicleta, ir à escola… Queremos ver a sua vida. Mas, muito provavelmente, toda a sua vida será semanas ou meses, não anos. Nossos corações estão quebrados e dói pelo tempo que não temos”, explicam os pais.

A ressonância magnética realizada após o nascimento confirmou que nada pode ser feito para tratar o tumor que é muito invasivo e agressivo. O neurocirurgião da família afirmou que um tratamento de quimioterapia provavelmente mataria um bebê tão pequeno e que a cirurgia é inútil. A recomendação médica foi: ir para casa e aproveitar o tempo que tem juntos, em família. “Temos sufocado esta pequena com amor e beijos e continuaremos a fazê-lo a cada momento que temos”, afirmaram Érika e Stephen.

Advertisement

Para guardar as mais doces lembranças de Abigail, eles fizeram uma doce sessão de fotos com a recém-nascida. As sensíveis fotos em família já rodaram o mundo e tocaram o coração de milhões de pessoas. Uma linda forma de expressar o amor e registar para toda a vida o amor eternizado nas fotografias.

Apesar da dor de saber que a morte chegará em sua casa, a família confia em Deus. “Nosso Deus é bom. Ele era bom antes de sabermos o que é um tumor fetal e é bom agora. Ele mostrou-Se e continuará a mostrar-Se. Ele vai nos manter de pé. Vai levar-nos quando não pudermos mais dar um passo. Ele vai trazer alegria através do sofrimento. Vai curar Abigail, em nossos braços na terra ou no momento em que ela der seu último suspiro e for abraçada por seu Pai Celestial. Suas promessas são verdadeiras e nós descansamos Nele”.

Imagens: Mary Huszcza

Leia também: Diante do diagnóstico triste, os pais tiveram a chance de abortar mas a negaram, e algo impressionante aconteceu

Toma un momento para compartir ...

Caroline Canazart

Caroline é uma jornalista catarinense que optou por ser mãe em tempo integral depois do nascimento dos filhos. Ama escrever e ainda acredita que pode mudar o mundo com isso.