Se seu cônjuge diz isso com frequência, seu casamento está com os dias contados

Essas coisas matam o amor, o respeito e a alegria de uma vida a dois.

Erika Strassburger

Quem nunca disse algo que magoou a pessoa amada e depois se sentiu culpado? Quando isso acontece esporadicamente, um pedido de desculpas sincero e o cuidado para não repetir o que foi dito ajuda a sarar as feridas e restabelecer a harmonia conjugal. Entretanto, quando as hostilidades viram rotina, não há casamento que resista.

Em um artigo publicado no site Psychology Today, a Ph.D em psicologia e terapeuta de casais Randi Gunther ressaltou a importância de o casal de escolher muito bem as palavras que usa para se comunicar, especialmente durante uma discussão, pois certas palavras ferem profundamente, causam aflição e distanciamento entre os dois.

Ela classificou as hostilidades ditas entre casais em seis categorias:

1. Assassinos de caráter

São palavras ditas com a “intenção de ferir, depreciar e desmoralizar. (…) Dizem às pessoas que elas são intrinsecamente ruins, incompetentes ou sem valor”, disse Gunther.

Exemplos

“Você não presta!”, “Você é uma louca!”, “Você não tem capacidade de fazer isso/nada!”, “Você é burro, um coitado!”.

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2. Ameaças de abandono

São palavras ditas com o intuito de fazer o cônjuge se sentir inútil e não mais necessário.

Exemplos

“Não me importo mais com você!”, “Não te aguento mais, desisti!”, “Não preciso mais de você!”, “Estou perdendo meu tempo com você!”.

3. Ameaças de exílio

A psicóloga diz que a ameaça de exílio “é mais ameaçadora, para a maioria das pessoas, que o abandono.” É dizer à pessoa para sair da sua vida, mesmo sem a intenção de mandá-la embora definitivamente. Ameaças sucessivas de exílio poderão ser levadas a sério, resultando no término do relacionamento.

Exemplos

“Eu não te aguento mais!”, “Vá embora!”, “Por que você não volta para a casa de seus pais?”, “Por que você não volta para ele?”.

4. Invalidações

Gunther explica que apesar de parecer, de certa maneira, com os assassinos de caráter, as invalidações “não atacam o caráter do parceiro. Elas têm, em vez disso, a intenção de invalidar os argumentos de seu parceiro e torná-los menos convincentes. Concentrando-se nas contradições e fraquezas [do outro, a pessoa tenta] neutralizar a sua vantagem, ou se sentir superior na discussão”.

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Exemplos

“Que idiotice você está dizendo!”, “Você não faz nada direito!”, “Você não entende nada!”, “Você não sabe o que está falando!”, “Nem perco meu tempo te ouvindo!”.

5. Desafios hostis

“São perguntas ou declarações feitas com sarcasmo ou desafio”, nunca com a intenção de conhecer o ponto de vista do outro. Tem o propósito de desafiar os direitos básicos do outro de sentir, pensar ou se comportar de determinada maneira.

Exemplos

“Você é um idiota, não tem argumento melhor?”, “Não acredito que você pensou que conseguiria me convencer!”, “Você é totalmente sem noção!”, “Nada a ver! Como tem coragem de justificar algo tão estúpido?”.

6. Sermões

O cônjuge age como pai ou mãe; dá ordens, aponta o dedo, cita autoridades e faz o outro parecer uma criança.

Exemplos

“Essa é a última vez que eu vou dizer isso!”, “Estou cansado de dizer como é que se faz!”, “Você não aprende, mesmo!”, “Parece uma menina mimada/filhinho da mamãe!”, “Vê se cresce!”.

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Hostilidades como estas geram raiva, distanciamento e muitas lágrimas. A menos que o casal passe a medir bem o que é dito, pensar no significado de cada palavra, as palavras hostis serão “arremessadas” como granadas para minar a relação.

Gunther sugere que o casal examine, junto, cada palavra hostil proferida e sugira a seu parceiro de que maneira aquilo poderia ter sido dito sem que soasse ofensivo. “Parceiros que estão dispostos a trabalhar [em prol da relação] podem desfazer a ‘espiral negativa’. É preciso tempo e paciência, mas o resultado final vai valer a pena o esforço.”

Para saber o que dizer a seu marido ou mulher, e tornar seu casamento cada dia melhor

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Erika Strassburger

Erika Strassburger nasceu em Goiás, mas foi criada no Rio Grande do Sul. Tem bacharelado em Administração de Empresas, trabalha home office para uma empresa gaúcha. Nas horas vagas, faz um trabalho freelance para uma empresa americana. É cristã SUD e mãe de três lindos rapazes, o mais velho com Síndrome de Down.