Relaxe! Essa fase da sua vida não vai durar para sempre

Pisos pegajosos me lembram de impressões digitais e cartões de Dia das Mães e poemas. Mas isso é no Dia das Mães. Nos outros 364 dias do ano, as marcas dos dedinhos testam minha paciência.

Tiffany Sowby

Em alguns dos artigos que eu escrevi, eu uso uma assinatura simples. “Tiffany ama a roupa suja que cinco filhos geram, mas poderia viver sem os pisos pegajosos.” É verdade sobre amar lavar roupa. Mas vamos falar sobre os pisos pegajosos. A frase “poderia viver sem” é provavelmente muito suave e enganosa. Deveria dizer: “Eu não aguento pisos pegajosos” ou até “Eu odeio pisos pegajosos.” Poucas coisas me deixam mais irritada do que meus pés grudando no chão da cozinha.

Pisos pegajosos me lembram de impressões digitais e cartões de Dia das Mães e poemas. (Que, aliás, eu amo.) Sabe, aqueles com as mãozinhas grudentas, e como nós mães vamos sentir falta deles, uma mãozinha carimbada estampa a capa do cartão. Eu sou boba por esses cartões sempre. Mas isso é no Dia das Mães. Nos outros 364 dias do ano, as marcas dos dedinhos (e os pisos pegajosos) testam minha paciência.

É bem irônico o fato de que, enquanto escrevo este artigo, meu filho e seu amigo decidiram tomar uma casquinha de sorvete. Enquanto tirei uma pausa momentânea da digitação para ir buscar um copo de água, lá no chão da cozinha, encontrei quatro grandes manchas redondas de sorvete derretido. Meu filho e seu amigo não estavam à vista (sorte deles), então não havia ninguém para limpar a bagunça além de mim. Eu não estava feliz enquanto eu me ajoelhava para limpar a bagunça laranja com papel toalha. Eu podia sentir a minha pressão arterial subir enquanto eu fazia o meu melhor para me certificar de que nenhum resíduo permaneceria, e então me lembrei de minha viagem ao mercado no início do dia.

Eu estava fazendo compras com dois dos meus filhos, enquanto um ficou em casa de babá dos outros. Foi um passeio sem estresse. Eu gostei de fazer compras com as minhas duas filhas procurando roupas para a estação mais quente.

À medida que entramos no carro, vi uma mãe colocando seus três filhos em um carrinho que estava perto de mim. O bebê estava chorando, e os dois outros estavam se ajeitando na cadeirinha do carrinho. Quando olhei mais de perto, percebi que era uma mãe que eu conhecia, então eu a chamei com uma saudação amigável e acenei. Embora ela tenha sido amigável de volta, pude ver exasperação em seu rosto enquanto ela apontava para o bebê de 1 ano chorando e disse: “Esta não é uma boa maneira de começar as compras.”

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Meu coração de mãe sentiu uma afinidade imediata com ela. Eu sabia o que ela estava passando. Só que… eu não sabia mais. Enquanto minha filha de 15 anos e a outra de quase 10 anos se sentavam tranquilamente no carro, eu percebi que eu não me lembrava da última vez em que eu levei várias crianças pequenas para o mercado comigo! Eu queria gritar pela janela para ela relaxar, pois isso não vai durar para sempre. Mas eu não o fiz. Eu não gosto quando as pessoas dizem isso para mim.

Mas eu tento dizer isso a mim mesma.

Como quando meu filho de quase 5 anos toma banho, e parece que acaba tendo mais água no chão do banheiro que na banheira. Ou quando minha filha de 15 deixa um rastro de seus pertences por onde ela passa. Ou quando meu filho de 12 anos fica tão animado com algo que sua cabra está fazendo e insiste que eu largue o que eu estou fazendo para ir ver na hora. Eu digo isso a mim mesma quando meu pequeno de 6 anos tem mais comida no rosto do que em seu estômago e quando o de 9 anos deixa seus desenhos e “artes” no chão do escritório.

Eu sei que o chão pegajoso e as marcas de mãos e crianças chorando nas lojas não duram para sempre. Infelizmente, nem algumas das coisas boas também. Minha filha de 15 não gosta que eu a abrace e beije enquanto ela sai do carro para a escola. O de 12 anos já não me traz buquês de flores e grama. O meu de 6 anos raramente pede por uma canção de ninar, a de 9 nunca coloca meus saltos para brincar de se fantasiar, e o de 5 parece enorme quando eu o aconchego no meu colo.

Não dura para sempre.

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Nem o que também está testando a sua paciência.

Há uma chance de que amanhã de manhã quando eu entrar na cozinha, eu grude os pés com os restos de sorvete do meu rápido trabalho ao esfregar com papel toalha. Minha reação inicial talvez seja levantar minha voz para o meu filho, mas talvez, apenas talvez, desta vez eu vou me lembrar de relaxar! Não vai durar para sempre.

_Traduzido e adaptado por Sarah Pierina do original Relax! This time of your life won’t last forever.

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Tiffany Sowby

Através da escrita e discurso público como Treinadora certificada para o projeto Power of Moms, Tiffany é comprometida em ajudar as mães a encontrarem alegria e contentamento na maternidade.