Prós e contras do financiamento automotivo (Tabela anexa)

Considerações e cálculos sobre a compra de veículos parcelados.

Suzana Ribeiro

Um automóvel é uma aquisição importante. Para muitas famílias é praticamente impossível viver bem sem um ou dois carros. Mas na hora de escolher existem muitas opções, por isso, antes de analisar as preferências é preciso fazer as contas para não extrapolar o orçamento.

Definir uma média de preço é o primeiro passo antes da procura, e se esse valor será pago em prestações ou à vista é o x da questão. Seguem alguns itens a considerar nessa decisão:

Prós

  • Se há necessidade urgente de um carro cujo valor a família não dispõe no momento, o financiamento pode ser considerado vantajoso. Quando não há possiblidade de aguardar e economizar (pelo menos para uma entrada) e as parcelas cabem, com certeza, no planejamento mensal, comprar parcelado é uma saída.

  • Quando o carro está precisando ser trocado por questões de segurança e não há verba para investir em um modelo mais adequado, o financiamento se torna uma solução. Adquirir um automóvel que mantenha os membros da família mais seguros é motivo suficiente para compensar os contras.

  • Um carro mais novo, geralmente, dá menos gastos em manutenção do que carros antigos. Se a família vive com um carro quitado, porém insatisfeita devido à frequência com que ele precisa ser levado ao mecânico, pode ser que a compra parcelada valha a pena.

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Contras

  • Nem sempre um carro usado é sinônimo de constante manutenção. Na verdade, existem muitos modelos bem resistentes e projetados para segurança, que quebram raramente e/ou possuem peças baratas. Às vezes, tem-se a falsa impressão de que é necessário ser novo para ser bom, mas isso nem sempre corresponde à realidade. Se a família tem recursos para adquirir um carro de 10 a 15 anos de uso e constata que o mesmo se encontra em bom estado, eles certamente terão a tranquilidade de poder se transportar sem o peso da dívida.

  • Vale lembrar que uma compra parcelada significa trazer para o presente algo que você só conseguiria pagar no futuro. Para que isso aconteça, paga-se um certo valor pela antecipação, este valor chama-se juros. Em uma compra parcelada, recebem juros o vendedor, o lojista, o banco e até mesmo o governo, fazendo com que o valor do bem adquirido cresça exponencialmente.

  • Do ponto de vista matemático/financeiro, o financiamento é um péssimo negócio, pois embora tenha-se a atrativa vantagem de sair com o carro sem ter desembolsado um único centavo, o comprador acaba pagando uma quantia que jamais será recuperada, pois a desvalorização começa no momento em que o veículo sai da loja e prossegue durante todo período do pagamento.

Suponhamos, por exemplo, o carro Palio, que o preço à vista seria em torno de R$25.493,00, mas no decorrer dos 5 anos de financiamento, paga-se R$42.253,17 e ao vendê-lo seu valor cai para R$17.613,08. Ou seja, R$24.640,09 foram os juros cobrados no período.

(Veja tabela anexa)

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Os valores da tabela foram obtidos com a opção “zero km” da tabela FIPE. O valor da parcela foi calculado por = (valor FIPE + 657 tac) * 0,02693 que é o coeficiente para financiamento de veículo 0km. O valor estimado de venda após 5 anos (depreciação) foi obtido por menos 10% no primeiro ano e menos 7% nos demais anos, que é a desvalorização média do mercado. Vale lembrar que no caso de venda do seu usado direto para um lojista deve-se deduzir mais 20%.

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Suzana Ribeiro

Suzana A. Ribeiro é autora dos livros: O Elo Forte, uma história contada por quatro gerações, Um Sonho Distante, o que existe além da memória e está escrevendo o terceiro volume da série.