Mulher desabafa no Facebook sobre as mães que ficam ‘sentadas assistindo’ ao ataque de birra do filho ‘sem fazer nada’

Sua publicação gerou milhares reações! Você concorda com ela?

Erika Strassburger

Em outubro do ano passado, a norte-americana Constance Hall ouviu uma queixa de um amigo sobre “a mãe de uma criança que fazia uma birra enorme e ela teve a audácia de não fazer nada” para parar a criança. “Ela só ficou lá sentada”.

Como mãe de 4 filhos, ela obviamente colocou-se no lugar daquela mãe e decidiu publicar esse texto no Facebook:

I heard someone refer to a mother of a child melting down as, "just sitting there"

A friend told me that she saw a mum…

Posted by Constance Hall on Sunday, October 30, 2016

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“Eu já fui essa mãe. Já chantageei, implorei, sacudi a criança durante uma birra, levei-a para o carro, lembrei a mim mesma que tudo ficaria bem e disse várias vezes à criança que a amava, que haveria consequências se ela não parasse. (…) Eu já fui essa mulher, que se sentou e não fez nada. Qualquer especialista vai dizer que, às vezes, a única coisa que você pode fazer é nada. O tempo vai curar todas as birras.”

Ela, então, disse ao amigo “que não visse aquela mulher apenas como alguém que não fez nada. Em vez disso, que a visse como a mãe que está sempre ao lado da criança enquanto ela se joga ao chão. Porque estar lá e não fazer nada são duas coisas bem diferentes.”

A publicação de Constance recebeu milhares de reações.

O que os especialistas dizem

Não existem métodos infalíveis para resolver um “ataque de fúria” de uma criança, mas há meios de tentar contornar ou amenizar a situação.

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Uma matéria da Revista Crescer oferece algumas dicas de especialistas que podem ajudar:

1. Em primeiro lugar, mesmo com a criança se esgoelando, retire-a do ambiente em que está se for um local potencialmente perigoso, onde ela possa se machucar de alguma maneira – bater a cabeça, cair, se afogar, cortar-se, se queimar etc.

2. Tente manter a calma. Ao manter a calma, você possivelmente resolverá o problema mais rapidamente. Sem contar que você, como progenitor, tem a obrigação de dar o exemplo.

3. Não grite e não bata nele. Você não deve reagir ao ataque de birra do filho com outra explosão de raiva. Ao dar um mau exemplo, você estará apenas reafirmando seu mau comportamento.

4. Desvie o foco da criança. Sua birra é exatamente para chamar atenção. Se ela não conseguir o que quer, logo irá parar.

5. “Quando perceber que ela se acalmou, dê um abraço bem gostoso para mostrar a ela que está tudo bem”.

Aplique um castigo eficaz

A criança precisa saber que a birra não é um comportamento aceitável, mas é preciso usar de sabedoria ao aplicar um castigo.

Os especialistas dizem que as crianças menores de 2 anos não têm maturidade para entender que fizeram algo errado, menos ainda que estão sendo punidos por isso. Mas você pode, por exemplo, retirar o brinquedo dela caso ela o jogue em alguém ou atire-o no chão. Ser privada do brinquedo que gosta será um castigo para ela. Ser privada de algo que gosta muito também é um castigo eficaz para as crianças maiores.

O importante é não deixar passar a oportunidade de ensinar a criança. O psicanalista Francisco Daudt da Veiga disse em seu livro Onde Foi que Eu Acertei: “Castigos, quando bem aplicados, atendem ao senso de justiça que todas as crianças têm. A falta de punição, pelo contrário, as desorienta. Um olhar quieto e sério para um filho é um tipo de punição particularmente eficaz. O objetivo da punição é incomodar”.

Para mais dicas para lidar com o mau comportamento dos filhos

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Erika Strassburger

Erika Strassburger nasceu em Goiás, mas foi criada no Rio Grande do Sul. Tem bacharelado em Administração de Empresas, trabalha home office para uma empresa gaúcha. Nas horas vagas, faz um trabalho freelance para uma empresa americana. É cristã SUD e mãe de três lindos rapazes, o mais velho com Síndrome de Down.