Mãe de 3 filhos, em tratamento contra um câncer agressivo, foi ajudada ao ajudar alguém

Ajudar outras pessoas pode fazer nossos fardos serem aliviados. Veja o que aconteceu quando esta mãe, mesmo com um câncer e 3 filhos para cuidar, ajudou um desconhecido.

Caroline Canazart

Jentrie Williams tem uma história de luta. Com apenas 25 anos, e uma linda família com três filhos, ela tem suportado o tratamento contra um agressivo câncer no tórax. Nem sempre é fácil. “Você nunca pode saber como vai se sentir ou reagir quando se muda algo na sua vida. Posso dizer-lhe que eu nunca teria imaginado como é isto depois de ouvir que eu tenho câncer”, conta.

Ela vive em Utah, nos Estados Unidos, com o marido Jake e os filhos, dois meninos e uma menina. A vida dela ia bem até que ela começou a sentir dores em seu ombro durante exercícios. Depois da dor, outros sintomas apareceram nas semanas seguintes: fadiga, perda de apetite e uma dor silenciosa no peito. A ida ao médico para descobrir o que havia só aconteceu depois de Jentrie acordar em uma noite com ataques, que a deixaram com dores no corpo, na cabeça e intensas náuseas.

O diagnóstico foi aquele que ninguém espera: câncer. Ela estava no estágio dois do Linfoma não Hodgkin. Logo depois da descoberta, as lágrimas não puderam ser contidas. “Muitas lágrimas foram derramadas, mas não eram de tristeza, raiva, questionameno ou dúvida. Eram lágrimas de gratidão, humildade, amor e esperança”, contou a jovem mãe em seu blog.

Junto com o tratamento de quimioterapia, Jentrie passou a equilibrar todas as dificuldades juntamente com a sua função de mãe e esposa. As atividades às vezes a faziam ficar enjoada e cansada. As esgotantes sessões de quimioterapia, internações e injeções nunca a fizeram perder de vista os momentos de ensino que Deus estava dando a ela.

A alegria deste garotinho de 2 anos ao abraçar sua mãe quando ela retornou da quimioterapia vai lhe deixar em lágrimas

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Um deles aconteceu em dezembro, numa noite gelada, quando Jentrie decidiu que precisava de um tempo para ela. Depois de seis sessões de quimioterapia e ter passado toda a semana cuidando de três crianças doentes e, ela mesmo também estando doente, ela decidiu ir ao cinema.

O que ela não sabia é que estava prestes a ter uma lição prática sobre o amor de Deus. Jentrie contou em seu blog que depois de estacionar o carro, viu um rapaz jovem entrando numa loja bem em frente ao seu carro. Ele estava apenas de camiseta de manga curta num inverno congelante.

Ela sentiu que deveria ajudar o rapaz. Mas se sentiu estranha em se aproximar de alguém que não conhecia. “Quando vi este jovem rapaz, esse sentimento veio de imediato, juntamente com o pensamento: ‘Pergunte se ele precisa de um casaco. Dê-lhe um casaco.” Ela estava nervosa e não queria ofender o rapaz. Mesmo assim superou os sentimentos de medo e se aproximou dele.

Segundo o relato de Jentrie, o rapaz olhou com uma expressão de choque, então ela se apresentou e perguntou se ele precisava de um casaco. Eles conversaram um pouco e o homem não aceitou o casaco e foi embora.

Apesar disso, ela ainda não conseguia deixar o sentimento de que precisava fazer algo por aquele rapaz. “Agora, me sentindo como uma aberração total, eu me despedi mas o sentimento não me deixou… Outro pensamento veio: ‘deixe um bilhete para ele'”. A mulher então deixou um papel com o seu nome e número no carro do estranho e foi assistir ao filme.

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Depois de um tempo, Jentrie recebeu uma mensagem de um número desconhecido. Era Patrick, o homem sem casaco. Ele disse que estava em choque pela bondade de Jentrie e não sabia o que fazer e se desculpou pela forma que havia lhe tratado.

Ela foi diagnosticada com câncer e as amigas lhe fizeram uma surpresa inesperada

Eles trocaram mais algumas mensagens depois do filme ter acabado. Ela disse: “recebi um dos textos mais bonitos, cheio de elogios que eu havia recebido especialmente de um estranho. Patrick me disse que eu era uma luz e uma pessoa incrível. Ele podia sentir o amor transbordar de mim e isso fez com que quisesse se sentir assim também. Ele disse que eu era uma pessoa especial e um monte de outras coisas muito, muito amáveis e edificantes”, lembrou.

Depois das trocas de mensagens, Jentrie descobriu o motivo que a havia feito sair de casa. Ela precisava falar com Patrick. “Eu soube então, porque Deus me levou a conversar com Patrick. Não se tratava de um casaco. Ele não queria que eu ajudasse Patrick. Deus queria que Patrick me ajudasse”.

Com tantas atribulações diárias e a carga difícil de carregar com o tratamento, ela pode sentir o amor que Deus tinha por ela. E a experiência a fez refletir que é necessário tratar a todos com gentileza. “Não temos ideia do que as pessoas estão passando e de que maneira a vida funciona. Todos estão trabalhando através de algum tipo de julgamento”, disse.

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Jentrie finalizou a radioterapia há alguns dias e está à espera do resultado de um exame que dirá se seu câncer entrou em remissão.

Depois da última sessão ela escreveu palavras de gratidão em seu blog. “Eu sei que fui fortalecida e abençoada durante minha jornada. Eu sei porque só de vez em quando a realidade e a gravidade do que eu estava passando me abatia. Deitada lá (na máquina de radioterapia) foi um desses momentos. Com lágrimas nos meus olhos, caindo até os meus ouvidos, depois de pensar sobre a magnitude do sofrimento que eu tinha atravessado, o meu pensamento foi: ‘Eu não fiz isso sozinha. Eu fui carregada’. Meu coração sentiu que estava prestes a estourar de gratidão”.

_Imagens e história: Jentrie Williams blog

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Caroline Canazart

Caroline é uma jornalista catarinense que optou por ser mãe em tempo integral depois do nascimento dos filhos. Ama escrever e ainda acredita que pode mudar o mundo com isso.