Gestação: Como nutrir seu bebê para que ele atinja o potencial máximo de desenvolvimento

Este é o primeiro artigo da série de três textos que falam sobre o melhor modo de nutrir nossos bebês para que eles desenvolvam suas capacidades físicas e mentais da melhor forma possível.

Fernanda Ferrari Trida

Alimentar um filho não se resume a amamentar e, posteriormente, oferecer a ele alimentos sólidos que possuam os nutrientes necessários ao seu crescimento. Esse processo começa muito antes do nascimento do bebê. Por isso, o familia.com.br decidiu fazer uma sequência de artigos que falam sobre como a nutrição deste pequeno ser, mesmo quando ainda está na barriga de sua mãe, é importante para seu desenvolvimento mental e físico.

Neste primeiro texto da sequência, vamos falar sobre a importância da alimentação da futura mamãe para o feto. Enquanto seu bebê está crescendo em seu ventre, tudo o que você faz tem efeitos profundos no desenvolvimento dele. Portanto, saber o que ingerir para que para que todas as células do corpinho do seu bebê sejam bem nutridas é o melhor presente que uma mãe pode dar ao seu filho enquanto a casa dele é o lugar mais gostoso do mundo todo: seu útero.

1. Vitaminas

As vitaminas são itens fundamentais na alimentação das futuras mamães, tanto que os obstetras prescrevem suplementos vitamínicos essenciais ao desenvolvimento do sistema nervoso do feto e que as gestantes não devem deixar de ingerir em momento algum. Outras vitaminas vêm dos alimentos, como a vitamina C, encontrada nas frutas cítricas, e as vitaminas do complexo B, encontradas nos produtos de origem animal. Lembre-se que esses nutrientes são encontrados nas hortaliças, nos grãos, nos legumes e em tudo aquilo que seja nutritivo. Portanto, deixe para muito de vez em quando os refinados (pães, massas e doces) que não acrescentam nada na saúde de vocês dois.

2. Proteínas

Existem dois tipos de fontes de proteínas: animal e vegetal. A proteína de origem animal é tida como a mais completa e de mais fácil digestão. Para as futuras mamães que são vegetarianas, mesmo aquelas ovolactovegetarianas, algumas adaptações devem ser feitas. Apesar do que se ouve por aí as proteínas vegetais não são de pior qualidade que as animais e essas mamães não devem ser obrigadas a voltar a comer carne em prol do bom desenvolvimento de seus bebês. Fiquem tranquilas.

Aquelas que são carnívoras precisam atentar para evitar carnes gordas e muito temperadas. Procurem se alimentar com mais parcimônia. Só isso. Nada mais simples, não é mesmo. Além disso, tomem os suplementos indicados pelo obstetra.

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Já as vegetarianas serão instruídas pelo médico ou nutricionista a aumentarem a dosagem de suplementos vitamínicos, em especial dos de vitaminas do complexo B, pois a proteína de origem vegetal não possui esses nutrientes. Deverão também ingerir uma fonte de vitamina C, juntamente com a refeição proteica, para que ela seja mais bem absorvida pelo organismo. Além disso, a mamãe vegetariana deverá ingerir mais grãos (soja, feijão, lentilha, ervilha).

3. Lipídios

Quando falamos em lipídeos, tortas de banana, bolos de cenoura e barras de chocolate saltam aos olhos. Mas não é nada disso que vem na minha mente. Os lipídeos sobre os quais falo aqui não são as gorduras desnecessárias e tão deliciosas contidas nesses doces (e que podem ser saboreadas de vez em quando sem culpa!), mas o ômega 3, contido em alguns peixes e nas castanhas. De acordo com um estudo americano, ingeri-lo durante a gestação diminui o risco de parto prematuro e baixo peso do feto no nascimento. Além disso, faz bem para o sistema nervoso do bebê e para o sistema cardiovascular da mãe. Bom, não é?

4. Carboidratos

Enfim, os carboidratos! Quem disse que as grávidas não podem comer arroz, macarrão e uma fatia de torta? Podem sim. Mas em vez de optar pelos refinados, escolham os integrais (ajudam a evitar o diabetes gestacional, além de melhorar o funcionamento dos intestinos). Eles são gostosos sim. Há inúmeras opções e marcas no mercado, para todos os bolsos. E assim como o arroz branco e as massas refinadas, podem ser temperados como de costume e o sabor é o mesmo. A atenção só deve ser voltada para o tempo de cozimento, que deve ser maior. Torcer o nariz antes de experimentar não ajuda em nada. Ingerir mais fibras e menos produtos industrializados é bom para você e para o seu bebê.

5. Minerais

Os minerais que nosso organismo precisa para se manter saudável são basicamente fósforo, ferro, potássio, magnésio, sódio, zinco e cálcio. Todos eles estão contidos nos alimentos que ingerimos e são importantes para o desenvolvimento adequado do nosso bebê. Se temos uma alimentação balanceada e saudável, apenas o ferro será suplementado por ser muito requisitado durante a gestação. Os demais não precisam ser suplementados.

6. Jejum

Jejuar durante a gestação é algo que não deve ser feito, pois o jejum da gestante é o jejum do bebê. Por isso, os médicos e nutricionistas instruem as futuras mamães a se alimentarem a cada três horas e em pequenas quantidades. Desta forma, ambos obtêm o máximo dos nutrientes que estão ingerindo e não ficam muito tempo sem comer.

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Por enquanto é isso. Mas não deixe de nos seguir, pois no próximo artigo vamos falar sobre como tirar o máximo possível da amamentação, seja ela advinda do leite materno ou das fórmulas industrializadas. Até lá!

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Fernanda Ferrari Trida

Fernanda Trida é jornalista, médica veterinária, dona de casa, esposa, mãe de Marcela, com três anos, e de João, com um ano de idade.