Entrando em um acordo com o cônjuge sobre a interferência da sogra

Cada ser humano possui uma personalidade única e são nas relações sociais que nos desenvolvemos como pessoas. De todo desafio podemos tirar um grande aprendizado.

Taís Bonilha da Silva

O ser humano é um ser sociável por natureza. De fato nossa sobrevivência enquanto espécie se deve a essa capacidade que possuímos de nos relacionar uns com os outros, afinal, como diz o poeta João Gilberto “é impossível ser feliz sozinho”.

Por esse motivo, assim que crescemos, buscamos alguém que faça nosso coração bater mais forte, a outra metade da laranja ou a tampa da panela. Enfim, buscamos um alguém para quem direcionamos nosso afeto, carinho e amor e quando encontramos ansiamos por estar ao lado dessa pessoa todos os dias de nossa vida, e por fim nos casamos.

Todavia, essa relação traz consigo outros tipos de relações, pois a pessoa em questão tem também como bagagem sua família de origem, com hábitos, características e manias muito peculiares.

Feliz aquele que consegue lidar bem com as diferenças, respeitando sempre o jeito de ser do outro e suas limitações. Tal grau de maturidade de compreensão do outro nos possibilita entender, tolerar e relevar certas atitudes.

Porém, nem todo mundo possui tamanho altruísmo de espírito e são como esse tipo de pessoa que devemos ser mais pacientes.

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Não raramente esse personagem costuma ser a sogra, que como boa mãe sente dificuldade em cortar o “cordão umbilical” que a une com seu filho ou filha. Como lidar com essa situação, em que há muita interferência da sogra no relacionamento do casal?

Se o casal não conseguir entrar em um acordo acerca dessa interferência, certamente acarretarão sobre si mesmos muitos problemas.

  1. Em marcos 10:7-8 encontramos a definição de como devem ser os relacionamentos quando um homem e uma mulher se casam: “Por isso deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e unir-se-á a sua mulher, e serão os dois uma só carne; e assim já não serão dois, mas uma só carne”. Ambos devem entender esse princípio para que possam iniciar sua vida conjugal da maneira correta. Não significa abandonar pai e mãe, mas entender que eles devem exercer uma influência controlada e limitada.

  2. O diálogo é sempre a melhor forma de buscar um entendimento e um acordo, mas o momento para essa conversa deve ser cuidadosamente escolhido, não pode ser no calor de uma discussão, por exemplo. Encontrar um momento em que ambos estejam calmos para expor sua opinião e seus sentimentos sem agressões. Dizer como se sente e o que espera do outro, proporcionará a chance de juntos resolverem seus dilemas.

  3. Tolerar, não adianta querer que o cônjuge corte totalmente as relações com a mãe, não seria nem justo e nem sábio exigir isso. A sogra pode ser uma grande aliada do casal, mas entender que ela também tem seus defeitos e principalmente reconhecer as qualidades possibilitará a oportunidade de aproveitar o que de melhor essa relação pode oferecer.

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O relacionamento humano é carregado de expectativas e, portanto, de frustrações. Contudo, é fonte riquíssima de aprendizado e possibilidade de crescimento.

Ao buscarmos superar nossas dificuldades de relacionamento com a sogra, estaremos proporcionando paz para a família e nosso amadurecimento emocional. Olhar para o outro com amor e tolerância, nos despojando de nosso egoísmo e orgulho só nos fará bem e nos tornará o tipo de pessoa que emana positividade aonde quer que vá.

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Taís Bonilha da Silva

Taís Bonilha da Silva, estudante de Psicologia, atua na área da Saúde Mental. Participa do Programa de Monitoria na Universidade na disciplina de Análise do Comportamento. Esposa e mãe de 2 filhos.