Dez dicas para os pais de primeira viagem

Parabéns. Vocês serão pais. E aqui temos algumas dicas para que tudo corra tranquilamente e com segurança.

Fernanda Ferrari Trida

A gravidez é uma bênção sem igual, seja ela esperada ou não. Um filho é a continuidade de tudo o que construímos ao longo da vida. Um bebê é nossa obra mais bem acabada. Mas, ao mesmo tempo em que pensamos em tudo isso, também temos que lidar com a mudança que uma vida nova acarreta em nossa realidade.

O primeiro filho é a maior das mudanças que pode haver na vida de um casal. Deixamos de ser eternos namorados para assumirmos o papel de adulto responsável. A vida toda muda no momento em que ouvimos do médico: “Vocês estão grávidos!”. E para nos prepararmos para esse turbilhão, que começa quando nosso filho ainda é apenas um apanhado de células, nada melhor que conversar com outros pais, ler bastante e utilizar a consulta ao obstetra para perguntar, perguntar e perguntar mais ainda.

Se vocês se sentem meio perdidos neste momento, saibam que isso é normal. Ao longo da gestação, as dúvidas vão se tornando certezas e ótimos pais também vão se formando. Aqui vão algumas dicas para ajudá-los na gravidez e nas primeiras semanas de vida do bebê.

  • É normal que a mulher grávida sinta enjoos, cansaço, fome e sono. Há muitos sintomas da gravidez que são comuns a várias mulheres. Se vocês têm dificuldades em entender o que está se passando com o corpo da futura mamãe, ninguém melhor que o obstetra para esclarecer tudo.

  • Maridos: se acalmem caso suas mulheres grávidas tenham crises de irritabilidade, de choro ou de insegurança. Há um maremoto de hormônios dentro do corpo das gestantes responsável por isso. Sejam pacientes e, para entenderem melhor o que está se passando, procurem ler a respeito da gravidez. Isso só vai ajudar o casal.

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  • A máxima “gravidez não é doença” é muito válida, mas não é por isso que a futura mamãe deve achar que pode sair por aí fazendo de tudo. A mulher deve ter sempre em mente que está carregando um ser que se ressente quando ela está cansada, quando não se alimenta direito e quando faz mais atividades do que poderia.

  • Gatos e cães não são inimigos das mulheres grávidas. Se vocês se preocupam com doenças como a toxoplasmose – que pode ser transmitida pelos dejetos contaminados de gatos e cães e até mesmo pelo contato com terra contaminada – existem exames sanguíneos a serem feitos e tratamentos eficazes para seus animais. Da mesma forma que devemos ter cuidados com vários pontos da nossa rotina durante a gravidez, basta atentarmos para não entrarmos em contato com fezes e urina dos nossos bichinhos que nada vai acontecer.

  • Um bebê não precisa de muito para viver bem. Não exagerem nos enfeites e bichos de pelúcia no quarto. Além de poderem provocar alergias respiratórias na criança, podem fazê-la se estressar devido ao excesso de informação. Além disso, não exagerem na quantidade de roupinhas para recém-nascidos, pois muitos bebês nascem grandes e acabam perdendo as roupas muito rapidamente. Mas, se fazem questão de um enxoval, procurem comprar roupas maiores, para bebês acima dos três meses e se lembrem de comprar todas elas de acordo com a época do ano que o bebê vai nascer.

  • Quando o bebê sai da maternidade e vem para casa, ele tem, assim como os pais, que se adaptar a uma nova realidade. Isso é difícil. Não se desesperem. Verifiquem sempre se o bebê está sequinho, sem fome, sem dor, sem febre e sem frio. Se tudo isso estiver em ordem, o bebê só está precisando de um pouco de carinho e logo irá se acalmar.

  • Até os três meses de vida, o bebê não deve ficar mais que três horas sem se alimentar, pois pode ter hipoglicemia (redução da taxa de açúcar no sangue a níveis abaixo dos normais). Depois dessa fase, se ele passar a dormir longas horas seguidas durante a noite, aproveitem para descansar também, sem se preocupar.

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  • Bebês pequenos podem ter cólicas. Compressas de água quente e o colo do papai (que é mais quente que o da mamãe) podem ser a solução. Às vezes, o bebê pode ficar horas chorando devido às cólicas. Nesses casos, não entrem em pânico, pois o bebê precisa se sentir seguro para se acalmar.

  • Fixem horários (mas não sejam inflexíveis demais) para o bebê mamar e dormir. Desde pequeno, ele precisa de uma rotina para se sentir seguro e tranquilo. Os bebêm que têm horários choram menos e ficam menos irritados.

  • Há vezes em que o cansaço bate e os pais perdem a paciência. Nesses momentos, deixem a criança em local seguro e saiam de perto, mesmo que ela esteja chorando. Acalmem-se e só então retornem aos cuidados com o bebê.

Lembrem-se que o mais importante é manter a família unida. Todos os que têm filhos, como eu, sabem como é cansativo ficar noites sem dormir e mesmo assim ter que trabalhar no dia seguinte. Mas não se afastem um do outro. Pai e mãe unidos, seguros do que estão fazendo, são o melhor para qualquer bebê. Além disso, não é porque vocês tiveram filhos que devem deixar de sair para namorar e se divertir. Se não têm com quem deixar o bebê, façam um jantar romântico em casa para esquecer um pouco da rotina.

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Fernanda Ferrari Trida

Fernanda Trida é jornalista, médica veterinária, dona de casa, esposa, mãe de Marcela, com três anos, e de João, com um ano de idade.