Conversando sobre a vida: 4 dicas para ser aberta com seus filhos

Um momento embaraçoso de uma mãe se transformou em um ponto crucial no estabelecimento de comunicação confortável e aberta com seus filhos.

Abby Patonai

Lembro-me da primeira vez que meu filho mais velho me perguntou sobre sexo. Ele tinha 12 anos e eu estava ao volante no estacionamento do supermercado. Eu estava em pânico por dentro. Após uma longa pausa e um suspiro profundo, eu disse: “Você realmente quer saber o que é sexo? Pergunte ao seu pai.”

Os ombros do pobre pequeno indivíduo afundaram em decepção conforme ele explicava que ele era o único de seus amigos que não sabia e que eles não contavam para ele. Eu respirei fundo e finalmente disse a ele, honesta e abertamente, o que ele queria saber enquanto entrávamos na loja. Uma vez que eu expliquei o básico sobre o que ele queria saber, minha boca continuou a divagar inadequadamente sobre as diferentes gírias utilizadas para partes do corpo enquanto passávamos pelo sushi, salsicha, picles e vários itens ao longo dos corredores.

Eu temi esse dia durante anos e tinha esperança de que seu pai seria o que explicaria isso para ele. Eu realmente não queria ser a responsável por explicar o ato íntimo do sexo ao meu filho doce e inocente. Mal sabia eu que esse pequeno ato deu-lhe a capacidade de me perguntar qualquer coisa. Enquanto eu dou risada quando ele me pergunta o significado de alguma palavra inapropriada, eu encontro consolo em saber que ele se sente confortável em me perguntar ao invés de depender de fontes inadequadas, como seus amigos ou a internet.

Aqui estão algumas dicas para estabelecer as linhas de comunicação abertas com seus filhos:

1. Seja acessível

Meus filhos tiveram alguns momentos ocasionais de hesitação. Às vezes, eu podia sentir a curiosidade e o medo, por isso eu dava algumas respostas gerais antes que eles pudessem perguntar. O importante era manter a porta aberta. Eu tinha o lema: “Nenhuma pergunta é muito boba ou embaraçosa”, e eu sempre respondia da forma mais honesta possível. Crianças têm acesso à internet, afinal de contas! Você não gostaria de ser a responsável por oferecer a resposta factual e se permitir interpor a sua opinião ou posição moral sobre o assunto?

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2. Tenha calma

Alguns pais são surpreendidos por algumas das perguntas feitas por crianças. Como você reage definirá o seu nível de conforto em perguntar-lhe algo no futuro. Se você optar por ficar nervosa, reagir de forma exagerada ou dar um sermão, talvez ele nunca lhe pergunte algo de novo. No entanto, se você tratar a pergunta de seu filho com calma, muita atenção, você pode encontrar-se em uma relação mais próxima.

Haverá momentos nos quais você terá vontade de fugir por dentro. Você pode acabar falando demais. Você nem sempre vai abordar o assunto corretamente. E você nem sempre vai ter as respostas. Dê-se o crédito – pelo menos você está tentando.

3. Esteja disposto a falar

Uma vez que eu estabeleci um diálogo aberto com os meus filhos, eu achei mais fácil de discutir questões como drogas, álcool e sexo antes do casamento. Eles estavam mais dispostos a compartilhar comigo os problemas que estavam tendo na escola ou com os colegas. Conforme eles ficaram mais velhos, as perguntas e as discussões evoluíram em conversas intelectuais.

4. Faça o que você acha que é certo

Como mãe ou pai, só você pode decidir o que é certo para seu filho. Seus pais e sogros podem dar uma opinião, mas como você cria seus filhos é, no final das contas, sua escolha. Eu enfrentei um monte de críticas por parte de membros da família por ser muito liberal com as informações que eu forneci aos meus filhos, mas eu não tenho nenhuma dúvida ou arrependimento. Eu fiz a escolha certa para mim. Meus filhos já estão no ensino médio. Eles são responsáveis, objetivos e têm respeito por mim. Eu amo meus adolescentes. Todos os pais não querem poder dizer isso?

_Traduzido e adaptado por Sarah Pierina do original Being open with your child.

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Abby Patonai

Abby Patonai is a Utah native and divorced mother of two teenagers.