Conflitos conjugais: Aprendendo a resolver de uma vez por todas

O casamento pode ser muito mais feliz quando os conflitos são resolvidos de maneira correta.

Michele Coronetti

Casais sempre terão suas diferenças e problemas. Eles podem ser pequenos e acabar se tornando em algo que realmente atrapalha e impede a boa convivência. Quando não resolvidos, trazem dor, mágoa, separação e divórcio. A melhor forma de resolver é parar para analisar e tomar atitudes que mudarão a situação e darão chance de prosseguir.

As pessoas estão bem longe de serem perfeitas. E por mais que o casal tenha os mesmos interesses, sempre haverá algo que incomoda, que pode ser descoberto somente com o passar do tempo ou que tenha aumentado de intensidade ao longo dos dias. A maturidade pode não estar no nível ideal, mas o casal pode buscar a resolução para evitar maior sofrimento e dor.

É muito mais fácil ver os erros no parceiro que os próprios. De fato, as pessoas se consideram muito boas e fáceis de se relacionar, porém o cônjuge não é tão simples assim. Criar uma lista de defeitos do companheiro pode parecer algo bom para começar o debate do que ele tem que melhorar, porém, segundo especialistas, só irá piorar a situação. Outras situações que devem ser evitadas incluem:

1. Bombardear o parceiro com seus defeitos

Mesmo que em uma conversa calma e amigável esse padrão de conduta não é eficaz, afinal quando a pessoa rotula a outra parece que enfatiza o que ela deve ser. Ao invés de abordar os defeitos do ciúme excessivo, da preguiça e da procrastinação, manter os olhos nas qualidades, no que o cônjuge faz de melhor é o ideal. Acentuar os defeitos não fará com que eles desapareçam, pelo contrário, a pessoa pode se sentir inútil e frustrada, pois ela reconhece seus erros e não consegue mudar. A preocupação sincera com o cônjuge ainda é o melhor remédio para o autoaperfeiçoamento, pois quando ele é motivado e reconhecido, seu desejo de melhorar é ainda mais promovido.

2. Castigo do silêncio

Ninguém consegue sentir amor com frieza, desprezo e desinteresse. Se a pessoa não se sente amada ela não tem forças nem desejo de mudar para melhor, pois por mais que tente, nunca é reconhecida. O afastamento não precisa ser físico, com cada um em uma cidade diferente, embaixo do mesmo teto ambos podem ser completos estranhos. Isso não acontece da noite para o dia, mas gradualmente a pessoa se irrita tanto com os defeitos do parceiro e vai se calando, se fechando e quando percebe existe um muro intransponível entre os dois. Não há mais diálogo nem interesse genuíno pelo outro. O amor morreu.

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3. Pensar primeiro em si

Este é outro erro muito conflitante, pois o cônjuge espera que o outro doe de si, afinal acredita que o que faz pelo casamento é mais que suficiente, que a balança do trabalho um pelo outro está desequilibrada. Na verdade, manter o casamento não pode ser 50% para cada um, precisa ter 100% dos esforços vindos dos dois. Quando o parceiro é mais importante e o amor infla o peito, o desejo de dar tudo de si acontece e isso sim irá ajudar ambos a crescerem juntos e manterem o amor inicial ainda mais forte. Não há espaço para o egoísmo dentro do casamento, pois isso leva à luxuria, gastos excessivos, traições e vícios que destruirão o relacionamento.

4. Evitar o contato

Quando um fica chateado e não consegue superar por si mesmo, o ideal é conversar acompanhado de uma postura receptiva para que a conversa não seja um sermão. Debater sobre o relacionamento faz parte desde que seja com calma e com o desejo sincero de progredir. Se encolher em um canto para que o outro perceba que está chateado não é aconselhável, pois o parceiro pode se sentir culpado e envergonhado e não desejará falar sobre o ocorrido para não ouvir uma bronca, enquanto o que foi magoado e se calou pensará no desprezo insuportável que recebe do parceiro. E o ciclo não resolverá absolutamente nada.

O casal ao longo do tempo irá encontrar o equilíbrio, conhecendo um ao outro, buscando ajuda profissional ou religiosa quando necessário e mantendo o coração aberto para que realmente possa se dedicar 100% ao seu amor. Não importa se estão juntos há alguns meses ou décadas, mudanças sempre são bem-vindas, afinal o ser humano é um animal que busca progredir sempre, e a satisfação é muito maior quando percebe que está no caminho certo. A dois, e com muito amor, a caminhada é muito mais brilhante.

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Michele Coronetti

Michele Coronetti é secretária, mãe de seis lindos filhos, gosta de cultura e pesquisas genealógicas.