Como lidar com curiosos e bisbilhoteiros

É muito chato ter alguém querendo saber tudo sobre sua vida ou querendo direcioná-la, não é mesmo?

Marcia Denardi

Pessoas intrometidas existem em todo lugar e desde sempre. Essa é uma das muitas características negativas do ser humano, que muitas vezes não tem o bom senso de respeitar a privacidade alheia, nem entendem qual é o limite entre sua própria vida e a do próximo.

De quem é a culpa?

A culpa nem sempre é do bisbilhoteiro. Ela pode ser de quem mais reclama que não tem privacidade. Sabe por quê? Aí estão algumas razões:

Porque permite que qualquer pessoa entre em sua casa, sem ao menos conhecê-la. Muitas vezes por não ter coragem de dizer “não”.

Porque abre muito a sua vida para os outros, contando-lhes coisas íntimas. Isso pode acontecer porque aquele que conta tem carência de amizade, ou se sente mal em guardar problemas pessoais para si. Então, desabafa com qualquer um que lhe ofereça o mínimo de atenção.

Às vezes, no entanto, a culpa é do bisbilhoteiro mesmo, que é tão cara-de-pau, que não mede esforços para tentar descobrir tudo o que acontece na vida dos outros. Em casos assim, atitudes mais severas são necessárias.

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Conheça um caso

Eliana* estava enquadrada nas duas primeiras categorias. Tanto não sabia dizer “não” quando alguém batia à sua porta só para jogar papo fora, quanto tinha necessidade de se abrir por não ter muitas amizades. Durante muitos anos, vários foram os casos de pessoas que chegavam em sua casa, muitas vezes em horários inapropriados, quando Eliana estava ocupada com seus afazeres, e queriam saber de sua vida, ou pior, dar palpites sobre ela. Somente depois de muito se decepcionar com falsas amizades, ou com excesso de intromissão, Eliana percebeu que precisava tomar uma postura diferente. Por isso, passou a ser sincera e dizer que não estava com tempo disponível para conversar.

O que mais ela aprendeu

Depois de Eliana ter levado muito tombo, por deixar pessoas não confiáveis a par de sua vida, ela acabou aprendendo algumas lições:

  1. Continuou sendo educada, mas mantinha uma postura firme e dava limites às pessoas que desejavam entrar em sua vida. Ou seja, quando alguém ia à sua casa sem motivos importantes e em horários inconvenientes, Eliana dizia que não podia atender a pessoa naquele momento.

  2. Se mesmo assim a pessoa insistia em ficar, Eliana continuava seus afazeres e não dava muita trela, deixava a pessoa falar sozinha. Aos poucos, ela percebeu que os intrometidos de sua vida estavam achando as visitas muito chatas, e preferiam procurar outro bode expiatório.

Outras recomendações

Não esqueça que a atitude mais importante para evitar curiosos e bisbilhoteiros deve partir de quem deseja privacidade, por isso algumas sugestões para afastá-los são:

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  • Não abra sua vida para qualquer pessoa.

  • Não coloque tudo o que acontece com você nas redes sociais, somente aquilo que você realmente quer que todo mundo saiba.

  • Ser gentil não significa que você precisa confiar em todo mundo, por isso, quando a ocasião exigir, converse com quem você não conhece muito bem somente sobre assuntos superficiais e gerais, por exemplo, filmes, livros, política, problemas sociais.

  • Se o fofoqueiro falar mal de alguém para você, fique quieto, e na primeira oportunidade, mude de assunto ou, se possível, saia do recinto. Você pode estar sendo alvo de fofocas também.

  • E para aqueles que são muito cara-de-pau, o jeito é ser rude e trocar somente palavras realmente superficiais, como bom-dia. Ser sincera em casos assim às vezes é o único jeito de colocar a pessoa no lugar dela, por isso, quem sabe seja necessário dizer que aquele assunto não é problema dela.

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*Nome fictício para manter a privacidade da entrevistada.

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Marcia Denardi

Márcia Denardi é jornalista, musicista e uma mãe e esposa loucamente apaixonada pelos filhos e pelo marido. Tem como objetivo profissional usar a informação para fortalecer as famílias. Curta a fan page www.facebook.com/blogmarciadenardi.