Como entender e ensinar sobre arbítrio aos filhos

Aprenda o que é o arbítrio, por que ele é tão importante na vida das pessoas, e como ensinar seus filhos a identificarem o que é bom para si e a tomarem decisões acertadas.

Erika Strassburger

Arbítrio, ou liberdade de escolha, é a capacidade que nos foi dada para tomar decisões por nós mesmos, de escolher entre o certo e o errado, entre o bem e o mal. O arbítrio é uma dádiva divina, através da qual somos aperfeiçoados. A liberdade de escolha é essencial para moldar o nosso caráter. Através das escolhas que fazemos, mostramos o que é importante para nós e quais os nossos valores.

Um ponto importante, porém, precisa ser considerado seriamente: toda escolha resulta em uma consequência. Apesar da liberdade que nos foi dada para efetuar escolhas, Deus espera que façamos o que é certo. Toda escolha acertada acarretará numa boa consequência. Todo erro cometido resultará numa consequência indesejável. Podemos escolher o que fazer, no entanto, não temos poder sobre os resultados das nossas escolhas.

Agora que você já se familiarizou com esse assunto, veja como você pode ensiná-lo aos seus filhos:

1 – Ensine a teoria

Explique-lhes o que foi exposto acima. Eles precisam saber, principalmente, que toda escolha tem uma consequência.

2 – Incentive a compreensão

Para reforçar o que foi ensinado na teoria, você pode usar ilustrações ou experiências. Vou dar duas sugestões, mas escolha quaisquer outras que desejar:

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1ª sugestão: Colhe-se o que se planta

Ajude-os a fazer grãos de feijão germinar. Deposite um pedaço de algodão úmido no fundo de um copo e coloque alguns grãos sobre ele. Dê-lhes a incumbência de molhar o algodão diariamente e colocá-lo num local iluminado. Depois de uma semana eles estarão crescidinhos e terão produzido uma ou mais vagens.

Pergunte-lhes: O que nascerá dentro dessa vagem? Eles dirão, obviamente, feijão. Pergunte: Por que não nascerá um grão de milho? Espere que eles deem suas respostas, depois lhes explique que tudo o que plantamos, nós colheremos. Se plantarmos sementes de melancia, não nascerá qualquer outra fruta senão melancia. Isso se aplica também a nossas ações. Se fizermos o bem, colheremos o bem como recompensa. Se fizermos o mal, seremos recompensados com o mal.

2ª sugestão: Joguinho Escolha e Consequência

Escreva em várias tiras de papel algumas escolhas ruins e outras boas, como:

  • Colocar o dedo no fogo.

  • Pular da janela.

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  • Colar na prova.

  • Roubar.

  • Mentir.

  • Obedecer os pais.

  • Ser honesto.

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  • Etc.

Em outras tiras, você pode escrever algumas possíveis consequências das escolhas:

  • Se queimar.

  • Quebrar o braço.

  • Repetir de ano.

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  • Ir para a cadeia.

  • Confiança das pessoas.

  • Etc.

Vire-as de cabeça para baixo e brinque de joguinho da memória. Assim que encontrarem duas tiras que combinem, debatam sobre aquela escolha. Peça que mencionem outras consequências.

São métodos didáticos simples, mas que os ajudarão a adquirir uma melhor compreensão do que foi ensinado.

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3 – Incentive a aplicação

Dê oportunidade para que seus filhos façam escolhas. Depois de orientá-los acerca do que é bom e o que é ruim, deixe-os escolherem coisas como a roupa que irão vestir, o que vão assistir na TV, os sites que irão navegar, o que vão comer no lanche, etc. Dessa forma eles aprenderão a escolher sozinhos o que é melhor para si. Aprenderão a selecionar o que comer para ter saúde, o que podem vestir, assistir, etc.

Na fase de aprendizado cometem-se alguns erros. Em vez de ser intransigente quando fizerem más escolhas, converse com eles. Fale sobre as consequências daquelas escolhas, seja persuasivo, jamais opressor.

4 – Avalie os resultados

Sente com seus filhos sempre que você identificar as consequências das escolhas deles. Quando eles fizerem uma boa ação, por exemplo, pergunte como estão se sentindo. Eles certamente reconhecerão que estão felizes. Quando tiverem tirado boas notas nas provas, lembre que é uma recompensa pelo tempo que passaram estudando. Lembre-se de elogiá-los por suas boas escolhas.

De igual maneira, se algo ruim aconteceu, devido a uma atitude impulsiva ou arriscada, ajude-os a reconhecer que aquilo não teria acontecido se eles não tivessem agido daquela maneira.

Algumas vezes as consequências das atitudes imprudentes de outras pessoas acabam nos atingindo direta ou indiretamente. Infelizmente não podemos fazer nada em relação a isso. Mas Aquele que tudo vê recompensará cada um segundo as suas obras.

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Tenha esperança de que os atos bons serão recompensados principalmente no porvir. Ter fé na vida eterna é essencial para dar esperança àqueles que sofrem por que foram vítimas de atitudes inconsequentes de outras pessoas.

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Erika Strassburger

Erika Strassburger nasceu em Goiás, mas foi criada no Rio Grande do Sul. Tem bacharelado em Administração de Empresas, trabalha home office para uma empresa gaúcha. Nas horas vagas, faz um trabalho freelance para uma empresa americana. É cristã SUD e mãe de três lindos rapazes, o mais velho com Síndrome de Down.