Como conversar com sua filha adolescente

Algumas famílias ainda apresentam certa dificuldade em conversar com seus filhos. Manter o diálogo constante e confiável é a maneira mais produtiva de desenvolver os laços afetivos.

Elaise G. Lima

Constantemente ouvimos falar que ser pai ou mãe não é tarefa fácil.

Lidar com os filhos exige uma preparação que só advém com a experiência. O dia a dia é o que nos dá a oportunidade de aperfeiçoarmos nosso papel de pai ou mãe.

Meninas e sensibilidade

Sabemos que toda criança exige cuidados especiais, mas em algumas famílias, criou-se um rótulo de que as meninas são mais sensíveis e se exige mais cuidados na forma de os pais conversarem com elas. Não é regra, pois cada filho tem uma personalidade diferente, independente do sexo.

Conversar desde a infância

Na infância, por uma série de motivos, conversar é mais fácil. As crianças são inocentes, acreditam e confiam nos pais naturalmente; no entanto, o mesmo pode não ocorrer quando sua filha chega à adolescência.

Confiança e amizade

Se a sua filha não tiver com você um vínculo de confiança, será difícil manter conversas francas e produtivas com ela. Sua filha precisa estar ciente que encontrará em você alguém com quem ela possa contar, sem receios; do contrário, ela substituirá o desejo de conversar com você pelo desejo de conversar com alguma amiga, que sendo também adolescente, terá a mesma visão dos fatos que ela.

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O ato de conversar

A melhor forma de conversar com sua filha é:

  • Sem julgamentos precipitados.

  • Alguns pais mal escutam o que os filhos têm a dizer e já condenam suas atitudes.

  • É importante compreender que sua filha não tem a mesma maturidade que você, e que naturalmente ela cometerá erros que precisará consertar sozinha, pois cada pessoa precisa ter a oportunidade de amadurecer.

  • Aos pais, em alguns momentos, cabe apenas aconselhar, lembrando que aconselhar é diferente de impor. Sua filha precisa entender que diante do seu conselho, ela tem a liberdade de segui-lo ou não. Assim ela aprenderá a lidar com as consequências de suas escolhas.

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  • Evite dizer frases do tipo: “Eu sei o que estou falando, pois eu já passei por isso”, muitas vezes o efeito não é o esperado.

Sua filha precisa saber que você confia nela para resolver seus próprios problemas. Ao invés de obrigá-la a viver de acordo com a sua experiência enquanto pai ou mãe, seria mais proveitoso fazer perguntas como: “O que você pensou em fazer diante disso?”, “Qual a melhor solução a ser tomada?”. Ofereça a sua opinião sem estar naquela posição de quem sabe tudo. Sua filha adolescente se sentirá mais segura ao saber que a opinião dela é valorizada por você e que encontrará em você todo o apoio que precisar.

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Elaise G. Lima

Elaise Lima é revisora de textos. Atua como editora-chefe para o site familia.com.br.