Como adquirir a força de vontade para transformarmos nossa vida para melhor

Há uma diferença importante entre a tristeza que nos leva ao arrependimento, e a tristeza que nos leva ao desespero.

Tatiane Bellini Covre

Na maioria das vezes, quando erramos, nos sentimos tristes e desanimados, desacreditamos de nós mesmos e a cada dia vamos nos afundando mais nos erros. Não precisam ser erros graves, muitas vezes pode ser um hábito ruim ou um comportamento que nem nos lembramos quando começamos a ter e que nos incomoda, mas quando percebemos já fizemos ou falamos e com o passar dos dias e as falhas constantes vamos nos sentindo mais tristes e isso pode nos levar ao desespero. Essa tristeza não é benéfica, essa tristeza é destruidora. Temos que nos sentir mal por nossos erros e nossas falhas, mas a “boa” tristeza tem que nos levar a agir, sim, agirmos a nosso favor, mudando gradativamente nossas atitudes, falhando sim, mas nunca desistindo de nós mesmos.

A primeira coisa que fazemos quando erramos é nos lamentar e nos fechar, desanimar e muitas vezes chorar. Claro que não devemos ficar felizes com nossos erros, mas não podemos deixá-los serem maiores do que nós mesmos e nossa capacidade de mudar e melhorar. Devemos pedir perdão se ofendemos alguém e consertar a falta, se possível, e então com uma oração em nosso coração voltarmos a caminhar.

Certo dia quando minha filha que tem três anos estava correndo na estrada de terra e pedras que tem em minha casa, ela caiu. Eu fiquei preocupada, pois ela estava usando shorts e imaginei ter machucado. Eu estava um pouco longe, então corri para ajudá-la, mas quando estava chegando ela já estava de pé, batendo as mãozinhas no joelho e dizendo: “Não foi nada, esta tudo bem, está tudo bem!” Mas quando olhei para a perninha dela estava escorrendo um pouco de sangue. É claro que eu disse que deveríamos lavar e ela com um pouco de má vontade aceitou. Assim que lavei, sequei e coloquei o remédio ela disse: “Posso ir? Estou bem!” Eu apenas concordei e lá foi ela correr novamente. À noite fiquei pensando em nós adultos. Nossos tombos são diferentes, mas também vivemos caindo na vida e minha impressão é que ficamos lá caídos, maldizendo as pedras, o sapato ou o que quer que seja ao invés de levantarmos, batermos a poeira e voltarmos a caminhar.

Podemos nos fazer algumas perguntas para avaliar se nossa tristeza é boa ou má para nós:

  1. Se cairmos na rua, ficaremos ali caídos nos lamentando? Então por que quando erramos nos permitimos entrar em desespero?

    Advertisement
  2. Se alguém está triste perto de nós, ficamos tristes também?

  3. Sempre que falhamos tentamos consertar nossos erros ou ficamos apenas remoendo nosso próprio lixo?

  4. É mais fácil nos criticarmos ou nos elogiarmos?

  5. Pensamos sempre ser piores que os outros?

  6. Vemos defeitos em tudo e em todos?

    Advertisement
  7. Admitir erros e pedir perdão é fácil?

Sugerimos algumas formas de fazer a tristeza ser nossa aliada em nosso empenho de adquirir a força de vontade necessária para transformar nossa vida para melhor:

Ficarmos tristes quando erramos

Ficarmos tristes por nossos erros, mas não a ponto de nos desesperamos, e sim a ponto de nos corrigirmos.

Agirmos a nosso favor

Resolvermos rápido o problema, pedir perdão se for necessário, consertar o que quebrou ou acertar o que quer que tenha que acertar o mais rápido possível; sermos nossos melhores amigos e assim evitarmos sofrimentos desnecessários para nós mesmos e a agonia que um problema mal resolvido nos traz.

Posso dizer por experiência própria que pedir perdão prontamente traz uma enorme paz e evita mágoas e pensamentos tumultuados. No começo é bem difícil, mas com treino se tornará fácil e trará uma paz inexplicável.

Advertisement

Aceitarmos

Não pensarmos que somos piores que ninguém, cada um é único e especial, tem defeitos e qualidades. Reconhecer nossos defeitos é importante, mas enxergar nossas qualidades também é.

Perdoarmos

Se erramos e já resolvemos também temos que nos perdoar e esquecer o erro. Não esquecer a forma certa de agir da próxima vez, mas não deixar o erro ficar incomodando e machucando enquanto até quem foi prejudicado já perdoou e esqueceu.

Busquem o Senhor, busquem o bem

Em meio a tantos problemas e a uma vida agitada, muitas vezes a busca a Deus é deixada de lado, mas a fé é fundamental para transformar nossa vida para melhor. Muitas dúvidas podem surgir e quando surgirem acho importantíssimo atentar para o que disse o aviador Dieter F. Uchtdorf:

“Por favor, duvidem de suas dúvidas antes de duvidarem de sua fé. Jamais podemos permitir que a dúvida nos aprisione e nos impeça de receber o divino amor, a paz e as dádivas que vêm por meio da fé no Senhor Jesus Cristo”.

Fazermos o certo e agirmos bem só pode trazer coisas boas para as nossas vidas. Mesmo que coisas ruins aconteçam, nossa consciência e nosso coração estarão em paz.

Advertisement

Sejamos felizes, mesmo falhando, sejamos gratos e valorizemos as coisas boas que acontecem diariamente em nossas vidas e assim veremos calmamente a mudança acontecer, não uma mudança brusca, mas gradual e diária.

Toma un momento para compartir ...

Tatiane Bellini Covre

Tatiane Bellini mora em Porto Ferreira Sp Brasil.