4 dicas de como conversar com os filhos sobre tatuagens e piercings

Como pais, geralmente não incentivamos nossos filhos a terem tatuagens e piercings, e procuramos deixá-los conscientes de que isso é uma grande decisão, não um assunto qualquer.

C. A. Ayres

Hoje em dia mais e mais pessoas, mesmo pais e mães, possuem tatuagens, usam ou já usaram piercings, e não possuem maiores problemas com isso.

Por outro lado, a grande maioria dos que se tatuaram, já experimentaram arrependimento em adquirir desenhos na pele que nunca mais sairão, e mesmo que tenham a possibilidade financeira de retirar um dia, as cicatrizes e marcas sempre ficarão. Seja o nome de alguém depois que a relação acabou, o desenho que hoje se tornou vulgar, as cicatrizes na orelha, na sobrancelha ou língua que não desaparecem.

Tornamo-nos pais e temos nossos filhos, e um dia eles talvez chegarão com o papo que querem fazer uma tatuagem ou colocar um piercing em algum lugar. Como pais, geralmente não incentivamos, e procuramos deixá-los conscientes do que essas ações acarretarão em suas vidas. Isso é uma grande decisão, não um assunto qualquer.

Se você realmente quer fazer com que seu filho pense muito bem antes de adquirir alguma tatuagem, aqui boas dicas de conversa:

1. Cuidar do corpo como um templo de seu espírito

Uma igreja geralmente tem suas paredes limpas quando vamos aprender sobre o evangelho. Uma catedral pichada com dizeres e desenhos, muitas vezes dúbios, simboliza falta de respeito. Um corpo tatuado pode ofender o espírito existente dentro de você. Faça-o pensar nisso.

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2. Relembre seu adolescente que modismos e épocas passam, e em pouco tempo não serão mais interessantes

Lembre-o que o ano passado era a blusa curta ou a calça de boca larga, este ano são as tatuagens e os piercings, ano que vem pode ser aparência limpa ou diferente. Mudanças drásticas como tatuagens que não podem ser mudadas, ou mesmo piercings que criarão buracos em sua pele, são coisas diferentes. Ele precisa ter essa visão maior da situação.

3. Aparência e vida social

Adolescentes se preocupam bastante com a aparência, e muitas vezes se tatuam apenas para provocar ou mostrar rebelião a alguém ou a algum grupo. Da mesma forma, a percepção com que o mesmo deve ter vai de encontro com sua vida futura e profissão escolhida. Lembre-os que eles podem expressar quem são através do cabelo, das roupas, escrevendo, desenvolvendo dons artísticos, praticando esportes, ajudando pessoas. Coisas que substituirão as tatuagens e os piercings e farão muito maior e melhor efeito.

4. Compromisso

Se você não consegue ver seu filho tatuado ou usando piercing, você pode expor a sua ideia e dar-lhe um prazo para que pense no assunto. Ao final daquele prazo, se ele ainda insistir, faça um acordo de ele aguardar uma certa idade, tipo 18 ou 21 anos de idade para ver se lá ainda querem a mesma coisa. Ou mesmo usar uma tatuagem temporária de henna, por exemplo, brincos magnéticos na orelha ou autocolantes no nariz ao invés de fazerem coisas que se arrependerão mais tarde.

Outras coisas que você deve deixar seu adolescente consciente:

  • Tempo de cicatrização.

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  • Perigo de alergia, infecções, Aids, tétano, bactérias.

  • Hepatite B e C.

  • Impossibilidade de doar sangue no primeiro ano depois de fazer uma tatuagem.

Pais e adultos não devem julgar os adolescentes pela capa, ou focar demais na parte física, mas ajudá-los a entender que sua personalidade e inteligência emocional é o que mais importa. A conversa sobre tatuagens e piercings pode ser uma boa oportunidade para ajudar os filhos a terem mais visão do futuro que sonham para si mesmos.

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C. A. Ayres

C. A. Ayres é mãe, esposa, escritora e fotógrafa, pós-graduada em Jornalismo, Psicologia/Psicanálise. Visite seu website.